Por Flavia Pardini
A pesquisa da Andi sobre a cobertura da imprensa quanto às mudanças climáticas, divulgada em janeiro, recebeu atenção da mídia especializada em meio ambiente, principalmente na internet, mas em boa parte foi ignorada pelas grandes empresas de comunicação, conta Guilherme Canela.
A Andi costuma acompanhar os trabalhos da imprensa e produz pesquisas semestralmente. Há um ano, um levantamento analisou a cobertura de assuntos relacionados à própria mídia e concluiu que ela basicamente inexiste. “A mídia no Brasil não fala de si”, diz Guilherme. “Não é uma coisa que vem de cima, pode ser um equívoco, as redações não acham que esse assunto seja pauta”. Mas, se a imprensa forte e livre é um dos pilares da democracia, tem de estar no noticiário, acredita o coordenador da Andi. “A imprensa terá mais credibilidade para cobrar os outros atores da sociedade quanto mais conseguir dizer que ela também pode ser cobrada”.
No caso das mudanças climáticas, a cobertura não deixa de fora só o desempenho da própria mídia, mas também a contextualização do tema e sua associação com o modelo de desenvolvimento vigente. O motivo pode ser o fato de que as empresas de mídia fazem parte do modelo e relutam em transformá-lo? “Essa é uma hipótese importante, mas a pesquisa não pode dizer se acontece por isso”, afirma Guilherme.
Os resultados da pesquisa estão disponíveis na internet: http://www.andi.org.br/_pdfs/ MudancasClimaticas.pdf.
Por Flavia Pardini
A pesquisa da Andi sobre a cobertura da imprensa quanto às mudanças climáticas, divulgada em janeiro, recebeu atenção da mídia especializada em meio ambiente, principalmente na internet, mas em boa parte foi ignorada pelas grandes empresas de comunicação, conta Guilherme Canela.
A Andi costuma acompanhar os trabalhos da imprensa e produz pesquisas semestralmente. Há um ano, um levantamento analisou a cobertura de assuntos relacionados à própria mídia e concluiu que ela basicamente inexiste. “A mídia no Brasil não fala de si”, diz Guilherme. “Não é uma coisa que vem de cima, pode ser um equívoco, as redações não acham que esse assunto seja pauta”. Mas, se a imprensa forte e livre é um dos pilares da democracia, tem de estar no noticiário, acredita o coordenador da Andi. “A imprensa terá mais credibilidade para cobrar os outros atores da sociedade quanto mais conseguir dizer que ela também pode ser cobrada”.
No caso das mudanças climáticas, a cobertura não deixa de fora só o desempenho da própria mídia, mas também a contextualização do tema e sua associação com o modelo de desenvolvimento vigente. O motivo pode ser o fato de que as empresas de mídia fazem parte do modelo e relutam em transformá-lo? “Essa é uma hipótese importante, mas a pesquisa não pode dizer se acontece por isso”, afirma Guilherme.
Os resultados da pesquisa estão disponíveis na internet: http://www.andi.org.br/_pdfs/ MudancasClimaticas.pdf.
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