O noticiário sobre as mudanças climáticas cresceu, mas falta profundidade
Por Flavia Pardini
Quando trata das mudanças climáticas, a imprensa brasileira em geral não associa o tema com a agenda mais ampla do desenvolvimento. É o que constata uma pesquisa da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), com apoio da Embaixada Britânica. “Esse é o grande tema: como nossas escolhas e o modelo de desenvolvimento que queremos se refletem nas mudanças climáticas”, diz Guilherme Canela, coordenador de relações acadêmicas da Andi.
As mudanças climáticas são variações, ao longo do tempo, no clima global da Terra ou em climas regionais que denotam alterações na atmosfera, em processos nos oceanos e nas calotas polares. Denotam também os efeitos das atividades humanas. Estas últimas são apontadas como responsáveis pelo aquecimento global — o aumento da temperatura média, nas últimas décadas, do ar na superfície da Terra e das águas dos oceanos.
Embora a imprensa não se aprofunde, o espaço dedicado ao tema aumentou, especialmente a partir do último trimestre de 2006. A pesquisa avaliou 997 editoriais, artigos, colunas, entrevistas e reportagens veiculadas em 50 veículos diários no período de 1º de julho de 2005 a 30 de junho de 2007. O aumento coincide com o lançamento do filme Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, a publicação dos relatórios do IPCC e de Sir Nicholas Stern, e com a ocorrência de fenômenos naturais extremos. Na avaliação de Guilherme, nessa época, “a mídia não teve como escapar” do tema.
Até recentemente, a cobertura das mudanças climáticas aparecia principalmente nos cadernos de Ciência. Atualmente, em cerca de 20% dos materiais veiculados há a tentativa de associar o fenômeno à economia, mas sem aprofundar a relação. Para Guilherme, tornar o assunto transversal, relacionando-o aos demais temas abordados pelos veículos, faz parte das oportunidades apontadas pela pesquisa. Outra é debater a tomada de espaço da cobertura ambiental pelo recorte mais específico das mudanças climáticas, verificada pelo levantamento da Andi.
O noticiário sobre as mudanças climáticas cresceu, mas falta profundidade
Por Flavia Pardini
Quando trata das mudanças climáticas, a imprensa brasileira em geral não associa o tema com a agenda mais ampla do desenvolvimento. É o que constata uma pesquisa da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), com apoio da Embaixada Britânica. “Esse é o grande tema: como nossas escolhas e o modelo de desenvolvimento que queremos se refletem nas mudanças climáticas”, diz Guilherme Canela, coordenador de relações acadêmicas da Andi.
As mudanças climáticas são variações, ao longo do tempo, no clima global da Terra ou em climas regionais que denotam alterações na atmosfera, em processos nos oceanos e nas calotas polares. Denotam também os efeitos das atividades humanas. Estas últimas são apontadas como responsáveis pelo aquecimento global — o aumento da temperatura média, nas últimas décadas, do ar na superfície da Terra e das águas dos oceanos.
Embora a imprensa não se aprofunde, o espaço dedicado ao tema aumentou, especialmente a partir do último trimestre de 2006. A pesquisa avaliou 997 editoriais, artigos, colunas, entrevistas e reportagens veiculadas em 50 veículos diários no período de 1º de julho de 2005 a 30 de junho de 2007. O aumento coincide com o lançamento do filme Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, a publicação dos relatórios do IPCC e de Sir Nicholas Stern, e com a ocorrência de fenômenos naturais extremos. Na avaliação de Guilherme, nessa época, “a mídia não teve como escapar” do tema.
Até recentemente, a cobertura das mudanças climáticas aparecia principalmente nos cadernos de Ciência. Atualmente, em cerca de 20% dos materiais veiculados há a tentativa de associar o fenômeno à economia, mas sem aprofundar a relação. Para Guilherme, tornar o assunto transversal, relacionando-o aos demais temas abordados pelos veículos, faz parte das oportunidades apontadas pela pesquisa. Outra é debater a tomada de espaço da cobertura ambiental pelo recorte mais específico das mudanças climáticas, verificada pelo levantamento da Andi.
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