Prata da Casa
Sem apito, sem terra, sem voz
Em abril deste ano, uma imagem impressionou o Planalto Central e o País: centenas de índios invadiram o plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra a formação de uma comissão especial que analisaria um dos projetos de lei considerados mais ofensivos aos seus direitos.
A partir daí, a situação só tem se agravado. Tramitam leis que, na opinião de organizações que defendem os direitos de grupos indígenas, podem tornar ainda mais lento e litigioso o processo de demarcação de Terras Indígenas (TI). As duas medidas mais polêmicas são a PEC 215, que retiraria do Poder Executivo a atribuição exclusiva de homologar as TI; e o PLP 227, cuja aprovação apontaria novas exceções para o direito exclusivo de uso da terra pelos indígenas, incluindo atividades de mineração e construção de grandes empreendimentos de infraestrutura.
Infelizmente, a batalha pelas terras não está marcada só no campo jurídico e legislativo. Nas grandes fronteiras agrícolas e de extração ilegal de madeira, os conflitos entre grupos indígenas e grileiros deixam marcas de sangue cada vez mais profundas. Os grupos de defesa de direitos dos povos indígenas clamam pela mobilização da população urbana para pressionar o Estado por uma reação urgente em favor da resolução desses conflitos. E reafirmam que o interesse em dar aos grupos indígenas as terras que lhes cabem não é só dessa “minoria”. Além de ser uma questão de respeito a direitos previstos pela Constituição, traz benefícios ambientais, científicos e culturais para todos os brasileiros, inclusive o
próprio agronegócio.
Na íntegra da matéria, disponível no “Blog da Redação”, conheça mais sobre o ponto de vista desses grupos que têm buscado maneiras cada vez mais alternativas de se fazer ouvir.
Mundo Afora
Educação de Ponta
Nunca é tarde para aprender, mas desculpas nunca faltam. O site Coursera.org é a solução que derruba qualquer argumento. Por ele é possível aprender, gratuitamente, disciplinas de diversas áreas, com os professores das melhores universidades do mundo. E sem precisar ficar acordado de madrugada por causa do fuso horário – é possível modelar o curso à sua agenda. Temas como Sustentabilidade e Inteligência da Web são apresentados aos alunos de forma transversal e interativa, com uma linguagem atraente. Para além da “sala de aula virtual”, o aluno tem a oportunidade de participar de uma comunidade global, enriquecendo mais ainda o aprendizado. Nas palavras do site, a tecnologia permite que os professores, em vez de ensinar centenas de pessoas, ensinem milhões.
Moda Ética
A indústria da moda tem uma das cadeias de produção mais obscuras em termos de respeito às normas ambientais e trabalhistas. Mirando empreendedores do setor que desejam reverter esse quadro, o portal Source Intelligence fornece conteúdo sobre como maximizar os benefícios dos negócios de moda e minimizar os impactos ambientais e sociais. As melhores práticas sustentáveis tanto de produtores de insumos quanto de grandes varejistas são apresentadas para mostrar que é bem possível tornar a moda mais bonita também por dentro.
Vale o Click
Atlas Solar
O Brasil tem alto potencial para produzir energia solar, mas é difícil o acesso à tecnologia de instalação de placas. O site americadosol.org cumpre o papel de conectar interessados em produzir energia solar em casa e fornecedores de serviços fotovoltaicos. Também é possível simular a redução que o consumidor pode ter na conta de luz com a instalação do sistema.
“Lixo” de Valor
E se resíduos produzidos na sua casa tivessem valor para entidades que você apoia? A TerraCycle tem uma plataforma on-line que promove a coleta de diversos tipos de embalagens e converte cada unidade em doações de R$ 0,02 para escolas ou instituições sem fins lucrativos. Com o lema “Elimine a ideia de lixo”, ela se propõe a reciclar o que não é reaproveitado em cooperativas, como tubos de pasta de dente e embalagens de suco em pó. A participação é totalmente gratuita e os resíduos são enviados com etiqueta pré-paga pelos Correios, de qualquer lugar do Brasil.
Turistas Especiais
Aficionados por viagens podem ajudar a multiplicar e aprimorar projetos de turismo sustentável pelo País por meio da plataforma de crowdfunding da ONG Garupa (garupa.juntos.com.vc). Pode se contribuir com dinheiro para financiar iniciativas que já estão dando certo, ou que precisam de fundos para sair do papel. A recompensa é a melhor parte: de acordo com o valor, quem contribui pode receber presentes simbólicos ligados à cultura local até um passeio dentro dos
projetos financiados.[:en]Prata da Casa
Sem apito, sem terra, sem voz
Em abril deste ano, uma imagem impressionou o Planalto Central e o País: centenas de índios invadiram o plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra a formação de uma comissão especial que analisaria um dos projetos de lei considerados mais ofensivos aos seus direitos.
A partir daí, a situação só tem se agravado. Tramitam leis que, na opinião de organizações que defendem os direitos de grupos indígenas, podem tornar ainda mais lento e litigioso o processo de demarcação de Terras Indígenas (TI). As duas medidas mais polêmicas são a PEC 215, que retiraria do Poder Executivo a atribuição exclusiva de homologar as TI; e o PLP 227, cuja aprovação apontaria novas exceções para o direito exclusivo de uso da terra pelos indígenas, incluindo atividades de mineração e construção de grandes empreendimentos de infraestrutura.
Infelizmente, a batalha pelas terras não está marcada só no campo jurídico e legislativo. Nas grandes fronteiras agrícolas e de extração ilegal de madeira, os conflitos entre grupos indígenas e grileiros deixam marcas de sangue cada vez mais profundas. Os grupos de defesa de direitos dos povos indígenas clamam pela mobilização da população urbana para pressionar o Estado por uma reação urgente em favor da resolução desses conflitos. E reafirmam que o interesse em dar aos grupos indígenas as terras que lhes cabem não é só dessa “minoria”. Além de ser uma questão de respeito a direitos previstos pela Constituição, traz benefícios ambientais, científicos e culturais para todos os brasileiros, inclusive o
próprio agronegócio.
Na íntegra da matéria, disponível no “Blog da Redação”, conheça mais sobre o ponto de vista desses grupos que têm buscado maneiras cada vez mais alternativas de se fazer ouvir.
Mundo Afora
Educação de Ponta
Nunca é tarde para aprender, mas desculpas nunca faltam. O site Coursera.org é a solução que derruba qualquer argumento. Por ele é possível aprender, gratuitamente, disciplinas de diversas áreas, com os professores das melhores universidades do mundo. E sem precisar ficar acordado de madrugada por causa do fuso horário – é possível modelar o curso à sua agenda. Temas como Sustentabilidade e Inteligência da Web são apresentados aos alunos de forma transversal e interativa, com uma linguagem atraente. Para além da “sala de aula virtual”, o aluno tem a oportunidade de participar de uma comunidade global, enriquecendo mais ainda o aprendizado. Nas palavras do site, a tecnologia permite que os professores, em vez de ensinar centenas de pessoas, ensinem milhões.
Moda Ética
A indústria da moda tem uma das cadeias de produção mais obscuras em termos de respeito às normas ambientais e trabalhistas. Mirando empreendedores do setor que desejam reverter esse quadro, o portal Source Intelligence fornece conteúdo sobre como maximizar os benefícios dos negócios de moda e minimizar os impactos ambientais e sociais. As melhores práticas sustentáveis tanto de produtores de insumos quanto de grandes varejistas são apresentadas para mostrar que é bem possível tornar a moda mais bonita também por dentro.
Vale o Click
Atlas Solar
O Brasil tem alto potencial para produzir energia solar, mas é difícil o acesso à tecnologia de instalação de placas. O site americadosol.org cumpre o papel de conectar interessados em produzir energia solar em casa e fornecedores de serviços fotovoltaicos. Também é possível simular a redução que o consumidor pode ter na conta de luz com a instalação do sistema.
“Lixo” de Valor
E se resíduos produzidos na sua casa tivessem valor para entidades que você apoia? A TerraCycle tem uma plataforma on-line que promove a coleta de diversos tipos de embalagens e converte cada unidade em doações de R$ 0,02 para escolas ou instituições sem fins lucrativos. Com o lema “Elimine a ideia de lixo”, ela se propõe a reciclar o que não é reaproveitado em cooperativas, como tubos de pasta de dente e embalagens de suco em pó. A participação é totalmente gratuita e os resíduos são enviados com etiqueta pré-paga pelos Correios, de qualquer lugar do Brasil.
Turistas Especiais
Aficionados por viagens podem ajudar a multiplicar e aprimorar projetos de turismo sustentável pelo País por meio da plataforma de crowdfunding da ONG Garupa (garupa.juntos.com.vc). Pode se contribuir com dinheiro para financiar iniciativas que já estão dando certo, ou que precisam de fundos para sair do papel. A recompensa é a melhor parte: de acordo com o valor, quem contribui pode receber presentes simbólicos ligados à cultura local até um passeio dentro dos
projetos financiados.