Por Flavia Pardini
Lá fora, congestionamento e muita paciência para estacionar. Dentro, nos corredores do prédio da Bienal, tietes correm para tirar fotografi a com a celebridade – ou quase celebridade – que passa em direção aos lounges. Nada muito diferente das 21 edições anteriores da São Paulo Fashion Week. Mas este ano o tema do evento maior da moda foi a sustentabilidade, um conceito sintonizado com o longo prazo, enquanto a moda se recicla a cada ano para sobreviver.
Será que sustentabilidade casa com moda? Para Marcos Egydio Martins, diretor de sustentabilidade da Natura, patrocinadora ofi cial do evento, o importante é inocular a idéia, plantar a semente e apostar em seu crescimento. Sem dúvida, a Fashion Week contribuiu para disseminar ainda mais a idéia da neutralização das emissões de carbono – ou de gases de efeito estufa. O evento anunciou o plantio de 4.290 árvores para compensar as emissões geradas pelo evento e a produção de materiais de divulgação.
Nos cinco dias de agitação, o selo carbon free pôde ser visto em cada curva do prédio de Oscar Niemeyer. “Cultive, preserve, recicle, neutralize-se”, lia-se na vending machine que, em vez de oferecer salgadinhos, disponibilizava sucos e isotônicos – em embalagens recicláveis. Neutralizados ou não, estilistas, modelos e “fashionistas” têm um ano para bolar a próxima moda. Resta saber se a sustentabilidade vai entrar para o rol dos clássicos, como um Chanel.