Entre os dias 23 e 25 de fevereiro, pela segunda vez, Natal ocupou o posto de capital não só dos potiguares, mas da neurociência mundial. Durante um fim de semana, 700 pessoas, entre especialistas de renome, pesquisadores, estudantes, gestores científicos, educacionais e empresariais, vindas de várias regiões do Brasil e do mundo, participaram do II Simpósio Internacional de Neurociência de Natal. A grande atração do encontro, além das palestras e debates sobre os principais avanços e desafios do estudo do cérebro, foi a própria entidade promotora do evento.
O Instituto Internacional de Neurociências de Natal – Edmond e Lily Safra, um projeto criado e coordenado por um dos maiores cientistas brasileiros, o paulista Miguel Nicolelis, com o auxílio de outros dois pesquisadores brasileiros de destaque, Sidarta Ribeiro e Claudio Mello, mostrou que está começando a dar conta de seus ambiciosos objetivos.
Agora com o respaldo da senhora Safra, que reforça uma ampla rede de financiadores e parceiros privados e governamentais, o IINN-ELS vai começar a produzir ciência e, ao mesmo tempo, tocar projetos sociais dirigidos sobretudo a alunos de escolas públicas e a população de baixa renda do município de Macaíba, próximo a Natal.
A intenção maior de Nicolelis e seus colaboradores é levar desenvolvimento sustentável, baseado em ciência, tecnologia e educação, para as regiões mais pobres do País. Tanto que pretendem replicar a experiência do IINN-ELS em outros estados.
“O governo do Piauí está muito interessado em um instituto de biotecnologia alimentar e vários investidores internacionais estão estudando a possibilidade de viabilizar outro centro, dedicado a estudos sobre biodiesel e energias renováveis”, anuncia Nicolelis.