Por Amália Safatle
O número de consumidores conscientes em 2006 pouco mudou em relação a 2003, e o de “engajados” diminuiu, segundo a última pesquisa lançada pelo Instituto Akatu. Mas, antes que se lamente a notícia, o diretorpresidente da entidade, Hélio Mattar, faz algumas considerações.
Em uma amostra de 1.275 entrevistados em 11 capitais , os conscientes passaram de 6% para 5%, e os “engajados” caíram de 37% para 28%. Na classifi cação utilizada pelo Akatu, os conscientes adotam 11 de 13 comportamentos- chave, tais como apagar as luzes em ambientes vazios e comprar produtos orgânicos; e os engajados seguem de 8 a 10 comportamentos.
Mattar pondera que, apesar de a temática ambiental estar mais difundida, o consumo consciente ainda é um fenômeno recente e muito suscetível a fatores conjunturais, que mudaram sensivelmente de lá para cá.
Em 2003, a coleta de dados foi feita em meio ao apagão elétrico e campanhas restritivas ao consumo, o PIB foi negativo e as taxas de juro eram altas. Depois, o racionamento foi esquecido, o PIB subiu e os juros caíram.“Os números da última pesquisa mostram que ser consciente hoje é ser consciente de fato, pois as circunstâncias jogam contra”, afirma.
Interessados em conhecer seu “grau de consciência” podem acessar www.akatu.net >centro de referência>indicadores