Em 2006, o fotógrafo Antonio Brasiliano percorreu o Centro de São Paulo em busca de lugares onde o abandono firmou residência. Casas, edifícios, terrenos e albergues que abrigam – ou já abrigaram – quem tem pouca ou quase nenhuma alternativa. Gente esquecida e marginalizada no processo de urbanização do País, movido a uma precária modernização. Espaços e pessoas que costumam manter-se despercebidos, exceto quando alguma reintegração de posse, manifestação, um choque com a polícia, um incêndio ou outro acidente chama, por alguns instantes, a volátil atenção da mídia e da opinião pública. Palpitações momentâneas que atraem o olhar para o coração da metrópole, onde o não-lugar teima em existir.
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