Por Milene Pacheco
Para deixar de lado a fama de vilão, dado que o setor da construção civil é responsável por signifi cativos impactos socioambientais, foi criado em agosto o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS). Trata-se de uma organização sem fi ns lucrativos que já conta com 90 integrantes, entre profi ssionais, empresas e entidades ligadas ao setor. “O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável por meio da geração e disseminação de conhecimento e pela mobilização da cadeia produtiva da construção civil, seus clientes e consumidores”, afi rma o presidente do CBCS, Marcelo Vespoli Takaoka, que dirige a construtora Y. Takaoka e integra o conselho de administração da Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (BVS&A). O meio ambiente, a economia e o social são os três pilares de ação do CBCS, que produzirá propostas para resolver problemas como a informalidade na contratação dos empregados, o consumo de 75% dos recursos naturais extraídos no País e a geração de 80 milhões de toneladas de resíduos por ano.
O engenheiro Vanderley John, professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e membro do CBCS, afi rma que no Brasil o setor está 20 anos atrasado em relação ao resto do mundo no campo da sustentabilidade. “Há pessoas trabalhando com o tema, mas boa parte do setor está acostumada a pensar que o impacto ambiental está ligado a outras áreas”, diz o professor.
A idéia do CBCS é colocar todo o conteúdo produzido na internet (www.cbcs.org.br), além de realizar projetos específi cos contratados e oferecer serviços como capacitação, cursos e publicações.