Por Flavia Pardini
Para muita gente, tirar os carros da rua como pretende a Prefeitura de São Paulo no dia 22 de setembro é o mesmo que restringir a liberdade de ir e vir. Não na capital da França, terra da “liberdade, igualdade, fraternidade”, que inaugurou em julho o programa Vélib (junção das palavras vélo, ou bicicleta, e liberté). O chamado “sistema de trânsito de bicicletas” é composto de 750 estações espalhadas pela cidade, onde os parisienses e visitantes podem alugar bicicletas para percorrer pequenas distâncias.
Basta adquirir um cartão de acesso — ao custo de 1 euro por dia, 5 euros por semana ou 29 euros por ano —, dirigir-se a uma estação para pegar sua bicicleta e pedalar até o lugar desejado, onde deve haver outra estação para devolver a magrela. A prefeitura promete que até o fim do ano haverá uma estação a cada 300 metros, em um total de 1.451 estações com 20.600 bicicletas disponíveis. Para corridas de menos de 30 minutos, o locatário não paga nada além do cartão de acesso, mas há custo adicional se a pedalada passar de meia hora. Mesmo assim, uma locação de uma hora e 15 minutos, por exemplo, sai por 3 euros. A plana cidade de Paris oferece cerca de 370 quilômetros de ciclovias, basta querer ir e vir.