Por Flavia Pardini
O arquiteto da moeda complementar do “saber”, Bernard Lietaer, ex-presidente do banco central da Bélgica, acredita que esse instrumento pode ajudar a acabar com a pobreza. “Um dos fatos mais antigos e bem estabelecidos é o de que a pobreza é algo que devemos esperar que ocorra”, disse ele em palestra, no final de outubro, na sede do Banco Real ABN Amro em São Paulo. “Na verdade, é decorrência do monopólio do dinheiro”.
Tal monopólio, segundo Lietaer, está construído sobre duas premissas: a de que o valor do dinheiro é neutro – serve apenas como meio de troca – e a de que o sistema monetário “é uma coisa natural como a Lua”. Ambas são equivocadas, mas ancoram 100% da teoria econômica. “A teoria não diz o que o dinheiro é, apenas o que ele faz”, disse Lietaer. “O dinheiro é um acordo dentro de uma comunidade para usar algo como meio de troca”. Assim, é possível ter moedas complementares que não as moedas nacionais como o real e o dólar. É o caso das milhas emitidas pelas companhias áreas com o objetivo de induzir mudança de comportamento em seus clientes. No caso de moedas complementares como o “saber”, o objetivo é social.
“O dinheiro convencional não é uma boa maneira de criar valor”, afirmou Lietaer, que participou do desenho e da criação do euro, a moeda da União Européia. De acordo com ele, em 1984 existiam duas moedas complementares no mundo. Hoje, há pelo menos 2.500.
Por Flavia Pardini
O arquiteto da moeda complementar do “saber”, Bernard Lietaer, ex-presidente do banco central da Bélgica, acredita que esse instrumento pode ajudar a acabar com a pobreza. “Um dos fatos mais antigos e bem estabelecidos é o de que a pobreza é algo que devemos esperar que ocorra”, disse ele em palestra, no final de outubro, na sede do Banco Real ABN Amro em São Paulo. “Na verdade, é decorrência do monopólio do dinheiro”.
Tal monopólio, segundo Lietaer, está construído sobre duas premissas: a de que o valor do dinheiro é neutro – serve apenas como meio de troca – e a de que o sistema monetário “é uma coisa natural como a Lua”. Ambas são equivocadas, mas ancoram 100% da teoria econômica. “A teoria não diz o que o dinheiro é, apenas o que ele faz”, disse Lietaer. “O dinheiro é um acordo dentro de uma comunidade para usar algo como meio de troca”. Assim, é possível ter moedas complementares que não as moedas nacionais como o real e o dólar. É o caso das milhas emitidas pelas companhias áreas com o objetivo de induzir mudança de comportamento em seus clientes. No caso de moedas complementares como o “saber”, o objetivo é social.
“O dinheiro convencional não é uma boa maneira de criar valor”, afirmou Lietaer, que participou do desenho e da criação do euro, a moeda da União Européia. De acordo com ele, em 1984 existiam duas moedas complementares no mundo. Hoje, há pelo menos 2.500.
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