Por Carolina Derivi
A rede Banktrack, coletivo de ONGs que monitora as instituições financeiras, exerce marcação cerrada quando se trata de comparar a propaganda com a prática. Só em dezembro, além do relatório Mind the Gap, que analisa as políticas socioambientais de 45 bancos, a rede também produziu o paper Challenging Climate, em que recomenda como os bancos podem ajudar para mitigar a mudança climática.
Mas a transição esperada está longe da ideal. Uma das principais medidas sugeridas é que os bancos deixem de financiar novos projetos envolvendo petróleo, gás e carvão. Na prática, a única instituição que apresentou um plano de substituição gradativa dos investimentos em combustíveis fósseis por energias renováveis foi o Bank of America.
“Todos os bancos estão fazendo marketing em cima disso, mas a falta de políticas claras tem criado passivos reputacionais”, avalia Gustavo Pimentel, gerente da ONG Amigos da Terra, que representa a Banktrack no Brasil. Segundo ele, o que interessa são as políticas de concessão de crédito e não as ações marginais que aparecem nas campanhas.
“Os bancos brasileiros ainda não entenderam que zerar emissões de prédios administrativos e agências é irrelevante. Mas eles continuam se vangloriando disso”, diz Pimentel.
Por Carolina Derivi
A rede Banktrack, coletivo de ONGs que monitora as instituições financeiras, exerce marcação cerrada quando se trata de comparar a propaganda com a prática. Só em dezembro, além do relatório Mind the Gap, que analisa as políticas socioambientais de 45 bancos, a rede também produziu o paper Challenging Climate, em que recomenda como os bancos podem ajudar para mitigar a mudança climática.
Mas a transição esperada está longe da ideal. Uma das principais medidas sugeridas é que os bancos deixem de financiar novos projetos envolvendo petróleo, gás e carvão. Na prática, a única instituição que apresentou um plano de substituição gradativa dos investimentos em combustíveis fósseis por energias renováveis foi o Bank of America.
“Todos os bancos estão fazendo marketing em cima disso, mas a falta de políticas claras tem criado passivos reputacionais”, avalia Gustavo Pimentel, gerente da ONG Amigos da Terra, que representa a Banktrack no Brasil. Segundo ele, o que interessa são as políticas de concessão de crédito e não as ações marginais que aparecem nas campanhas.
“Os bancos brasileiros ainda não entenderam que zerar emissões de prédios administrativos e agências é irrelevante. Mas eles continuam se vangloriando disso”, diz Pimentel.
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