Apenas alguns anos atrás, uma crise como a que abalou os sistemas fi nanceiros nos últimos meses e enxugou o crédito nos países desenvolvidos teria se propagado sem maiores obstáculos para as economias periféricas, gerando pânico e estragos. O estouro da bolha imobiliária nos EUA está longe de passar despercebido.Entretanto, questões mais “concretas” disputam a atenção: a alta do preço dos alimentos, o confl ito entre índios e arrozeiros em Roraima,o preço recorde do petróleo, os efeitos das mudanças climáticas sobre as populações mais vulneráveis. Todas ligadas ao fato de que, independentemente do lucro que se possa ter na conta do banco, o homem está em débito com o planeta que habita.
Há quem cultive a confi ança em que a crise de sustentabilidade – econômica, social e ambiental – será solucionada pela tecnologia.Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, argumenta, em entrevista nesta edição, que a cana brasileira é a demonstração maior de que a tecnologia pode mudar paradigmas. À espera da solução tecnológica, a indústria automobilística, no entanto, vê-se diante da incongruência: com tantos carros nas ruas, ficou quase impossível se movimentar em cidades como São Paulo.
As usinas, as montadoras, os mercados fi nanceiros integram um todo maior, uma complexa rede de sistemas humanos e naturais em que o comportamento de uma parte infl uencia as demais. Apesar disso, a economia ainda se baseia na mecânica clássica, ignorando as leis da termodinâmica e o exemplo dos ecossistemas: existe como se desconectada do resto. As crises soam o alerta. Como o Direito começa a perceber diante do enorme dilemma imposto pelas mudanças climáticas, é preciso construir modelos sociais que dêem conta dos desafi os atuais e invistam a longo prazo.
Boa leitura
Apenas alguns anos atrás, uma crise como a que abalou os sistemas fi nanceiros nos últimos meses e enxugou o crédito nos países desenvolvidos teria se propagado sem maiores obstáculos para as economias periféricas, gerando pânico e estragos. O estouro da bolha imobiliária nos EUA está longe de passar despercebido.Entretanto, questões mais “concretas” disputam a atenção: a alta do preço dos alimentos, o confl ito entre índios e arrozeiros em Roraima,o preço recorde do petróleo, os efeitos das mudanças climáticas sobre as populações mais vulneráveis. Todas ligadas ao fato de que, independentemente do lucro que se possa ter na conta do banco, o homem está em débito com o planeta que habita.
Há quem cultive a confi ança em que a crise de sustentabilidade – econômica, social e ambiental – será solucionada pela tecnologia.Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, argumenta, em entrevista nesta edição, que a cana brasileira é a demonstração maior de que a tecnologia pode mudar paradigmas. À espera da solução tecnológica, a indústria automobilística, no entanto, vê-se diante da incongruência: com tantos carros nas ruas, ficou quase impossível se movimentar em cidades como São Paulo.
As usinas, as montadoras, os mercados fi nanceiros integram um todo maior, uma complexa rede de sistemas humanos e naturais em que o comportamento de uma parte infl uencia as demais. Apesar disso, a economia ainda se baseia na mecânica clássica, ignorando as leis da termodinâmica e o exemplo dos ecossistemas: existe como se desconectada do resto. As crises soam o alerta. Como o Direito começa a perceber diante do enorme dilemma imposto pelas mudanças climáticas, é preciso construir modelos sociais que dêem conta dos desafi os atuais e invistam a longo prazo.
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