Para negociar com corporações globais, sindicatos globais. A antiga idéia de unir os trabalhadores do mundo começa a reviver com a fusão entre os maiores sindicatos do Reino Unido e da América do Norte, anunciada em maio e com formalização prevista para julho.
O Unite the Union, que diz representar 2 milhões de trabalhadores na Inglaterra e na República da Irlanda, é resultado da fusão há um ano entre o Amicus, sindicato de trabalhadores de vários segmentos do setor privado, e o Transport and General Workers Union. De outro lado, o United Steelworkers (USW) alega ter 1,2 milhão de membros entre trabalhadores ativos e aposentados nos EUA, Canadá e Caribe em diversos setores industriais.
O objetivo da fusão é proteger os trabalhadores dos efeitos da globalização, segundo a imprensa britânica. Os sindicatos vêem a medida como primeiro passo para a formação de uma entidade que acolha trabalhadores também do Leste Europeu, América Latina e Ásia – o que, segundo alguns analistas, traz a possibilidade de greves globais e ações para dificultar que as empresas se mudem para locais onde a produção é mais barata.