Por Carolina Derivi
Mesmo após a concessão de licença prévia e o leilão das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, em Rondônia, ambientalistas apostam em uma última cartada para barrar o projeto. No último dia 2 de julho, o diretor para América Latina da International Rivers Network, Glenn Switkes, reuniu-se com deputados da Frente Parlamentar Ambientalista, em Brasília, para apresentar a publicação Águas Turvas: Alertas sobre as conseqüências de barrar o maior afluente do Amazonas. O livro, organizado pela IRN, é uma compilação de artigos de cientistas sobre os impactos socioambientais que teriam sido subdimensionados durante
o processo de licenciamento, como a contaminação da água por mercúrio, as conseqüências para as populações de peixes e acumulação de sedimentos nas barragens. Entre os autores estão Geraldo Mendes dos Santos, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e Jorge Molina, diretor do Instituto de Hidráulica e Hidrologia da Universidad Mayor de San Andrés, na Bolívia.
“Com o Ibama não adianta mais tentar, virou um processo político e não técnico. Nossa intenção agora é sensibilizar alguns políticos e também a Justiça”, diz Switkes. Há três processos judiciais correndo contra a instalação do projeto, um movido pelo Ministério Público Federal e outros dois pela ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira. Segundo Switkes, as 33 condicionantes estabelecidas pelo Ibama ao tempo da Licença Ambiental Prévia estariam sendo flexibilizadas: “As áreas de proteção permanente, por exemplo, que deveriam existir a 500 metros do rio, agora são planejadas para 30 ou 100 metros em alguns locais”.
O livro, entretanto, foi finalizado antes do leilão de Jirau, em maio, quando o consórcio vencedor liderado pela empresa Suez alterou a localização da usina em 9,2 quilômetros. Ambas as usinas aguardam Licença de Instalação por parte do Ibama para que as obras tenham início.
Por Carolina Derivi
Mesmo após a concessão de licença prévia e o leilão das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, em Rondônia, ambientalistas apostam em uma última cartada para barrar o projeto. No último dia 2 de julho, o diretor para América Latina da International Rivers Network, Glenn Switkes, reuniu-se com deputados da Frente Parlamentar Ambientalista, em Brasília, para apresentar a publicação Águas Turvas: Alertas sobre as conseqüências de barrar o maior afluente do Amazonas. O livro, organizado pela IRN, é uma compilação de artigos de cientistas sobre os impactos socioambientais que teriam sido subdimensionados durante
o processo de licenciamento, como a contaminação da água por mercúrio, as conseqüências para as populações de peixes e acumulação de sedimentos nas barragens. Entre os autores estão Geraldo Mendes dos Santos, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e Jorge Molina, diretor do Instituto de Hidráulica e Hidrologia da Universidad Mayor de San Andrés, na Bolívia.
“Com o Ibama não adianta mais tentar, virou um processo político e não técnico. Nossa intenção agora é sensibilizar alguns políticos e também a Justiça”, diz Switkes. Há três processos judiciais correndo contra a instalação do projeto, um movido pelo Ministério Público Federal e outros dois pela ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira. Segundo Switkes, as 33 condicionantes estabelecidas pelo Ibama ao tempo da Licença Ambiental Prévia estariam sendo flexibilizadas: “As áreas de proteção permanente, por exemplo, que deveriam existir a 500 metros do rio, agora são planejadas para 30 ou 100 metros em alguns locais”.
O livro, entretanto, foi finalizado antes do leilão de Jirau, em maio, quando o consórcio vencedor liderado pela empresa Suez alterou a localização da usina em 9,2 quilômetros. Ambas as usinas aguardam Licença de Instalação por parte do Ibama para que as obras tenham início.
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