Por Amália Safatle
Fim do recesso parlamentar de julho, e a discussão sobre restrições à publicidade infantil deve voltar à tona. A questão ganhou força quando a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei de Luiz Carlos Hauly (PSDBPR) que proíbe qualquer publicidade endereçada à criança e merchandising para adolescentes – públicos mais influenciáveis pela mídia.
Com a volta aos trabalhos, será a vez de as comissões de Assuntos Econômicos e de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática votarem o PL. Só que, agora, a batalha promete ser mais árdua. Deputados contrários à medida organizaram-se em uma Frente Parlamentar, em 10 de julho, durante encontro do mercado publicitário, que considera o projeto uma violação à liberdade de expressão.
“Esse será o tema mais quente no II Fórum Internacional Criança e Consumo (a ser realizado em setembro, em São Paulo)”, afirma Isabella Henriques, do Instituto Alana. A organização, que promove o evento, dedica-se a combater o consumismo, a erotização precoce, a obesidade infantil e a violência na juventude – que seriam estimulados pela exposição excessiva à tevê e à publicidade.
Trata-se de mais um cerco ao mercado, que a partir do ano que vem deverá sofrer restrições na propaganda de produtos com alto teor de açúcar, gordura e sal, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A respeito disso, o Instituto Alana cobra de empresas de alimentos com atuação no Brasil postura adotada na Europa e nos EUA. Lá, Burger King, Cadbury Adams, Campbell Soup, Coca- Cola, Hershey, Kraft, Kellogg, McDonald’s, PepsiCo e Unilever se comprometeram a restringir anúncios desses produtos para crianças ou a mudar a composição de modo a torná-los mais saudáveis. “Mas aqui, não”, diz Isabella. Em reunião a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), afi rma que a entidade se mostrou aberta a discutir a questão.
Por Amália Safatle
Fim do recesso parlamentar de julho, e a discussão sobre restrições à publicidade infantil deve voltar à tona. A questão ganhou força quando a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei de Luiz Carlos Hauly (PSDBPR) que proíbe qualquer publicidade endereçada à criança e merchandising para adolescentes – públicos mais influenciáveis pela mídia.
Com a volta aos trabalhos, será a vez de as comissões de Assuntos Econômicos e de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática votarem o PL. Só que, agora, a batalha promete ser mais árdua. Deputados contrários à medida organizaram-se em uma Frente Parlamentar, em 10 de julho, durante encontro do mercado publicitário, que considera o projeto uma violação à liberdade de expressão.
“Esse será o tema mais quente no II Fórum Internacional Criança e Consumo (a ser realizado em setembro, em São Paulo)”, afirma Isabella Henriques, do Instituto Alana. A organização, que promove o evento, dedica-se a combater o consumismo, a erotização precoce, a obesidade infantil e a violência na juventude – que seriam estimulados pela exposição excessiva à tevê e à publicidade.
Trata-se de mais um cerco ao mercado, que a partir do ano que vem deverá sofrer restrições na propaganda de produtos com alto teor de açúcar, gordura e sal, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A respeito disso, o Instituto Alana cobra de empresas de alimentos com atuação no Brasil postura adotada na Europa e nos EUA. Lá, Burger King, Cadbury Adams, Campbell Soup, Coca- Cola, Hershey, Kraft, Kellogg, McDonald’s, PepsiCo e Unilever se comprometeram a restringir anúncios desses produtos para crianças ou a mudar a composição de modo a torná-los mais saudáveis. “Mas aqui, não”, diz Isabella. Em reunião a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), afi rma que a entidade se mostrou aberta a discutir a questão.
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