É o tema da exposição que a Pinacoteca do Estado de São Paulo abrigará a partir de 23 de agosto. Uma pequena amostra dela, nas páginas a seguir, permite a incursão no ambiente da metrópole, onde o fator humano interfere em cada cena e a refaz sob um novo equilíbrio
Na essência da fotografia, imagens dizem por si mesmas. O trabalho do fotógrafo paulistano Arnaldo Pappalardo retrata a cidade e seu tempo, a decadência, os espaços de uso intenso pelo homem ou feitos de muitos componentes. Mas pouco importa saber que lugares são e o que fazem esses cidadãos aqui retratados. Não precisam de legendas. A intenção é deixar que o observador livremente faça um sem-número de relações entre os elementos de cada foto, e entre as próprias fotografias. Que perceba o jogo de cores e de geometrias, o novo e o velho, o viçoso e o gasto, o quente e o frio, a luz e a sombra. Nessa incursão, pode perceber como a mão do homem modifica o ambiente em que está, imprime sua textura, desequilibra a calma do cenário e o remonta sob um novo equilíbrio de forças. Assim como na natureza.