Diante da decadência da cultura do cacau, que movimentou a região até os anos 80, Ilhéus diversificou sua economia: além do turismo, desenvolveu um pólo de informática, criou a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), descobriu as vantagens de sistemas agroflorestais, como a plantação sombreada de cacau na mata, e investiu em pesquisa para combater a vassoura-de-bruxa, fungo que dizimou a economia cacaueira. Para Rui Rocha, presidente do Instituto Floresta Viva, ao priorizar o Porto Sul, o governo do Estado se precipita. “Está tomando uma decisão em nome de um setor e prejudicando setores já existentes, economias com vocação de autosustentabilidade”, afirma.
Para discutir as vocações da região de Ilhéus e os impactos do projeto do Porto Sul, a Uesc promove no dia 12 de novembro, em seu auditório, o debate “Porto Sul – Uma Visão Sistêmica da Sustentabilidade”, com participação prevista de representantes do Estado, da Bahia Mineração Ltda., do Ministério Público e de organizações não-governamentais.