O espetáculo O Ilha lança um olhar sobre o corpo e seu entorno para buscar novas possibilidades para as artes cênicas. Dirigido por Marcos Sobrinho, com o Núcleo de Dança e Performance, é inspirado na obra do artista plástico José Leonilson, em textos de Hilda Hilst e em ambientação sonora especialmente composta por Sérgio Villafranca
Por Ricardo Barreto
É intrínseco às artes o potencial de ser ao mesmo tempo o reflexo de uma época e a expressão de anseios por coisas de que se sente falta ou por mudanças para o que não tem mais sustentação na sociedade. Há quem diga que as artes cênicas passam por um momento de crise, presas a formatos ultrapassados. Assim como na crise provocada pelos excessos da humanidade, seja na economia, na relação com o ambiente seja no individualismo, o incômodo parece generalizado. Como se tivéssemos nos tornado ilhas sem comunicação, enclausuradas em universos particulares.
A dificuldade em achar novos caminhos é inegável. As tentativas por vezes são confusas e seus impactos, incertos. Mas ousar é fundamental.
A dança contemporânea procura frestas por onde se esgueirar em direção ao desconhecido, sem pudor de misturar à relação do corpo no espaço linguagens e conhecimentos outros. As hierarquias não cabem mais. Na fusão entre artes plásticas e dança, por exemplo, é desnecessário que se imponha uma sobre a outra – as fronteiras podem ser abolidas. O que surgirá de tal redesenho ainda é incógnita.
O público não deve ser subestimado e, sim, instigado. Não é preciso rótulo ou que se evite a abstração. Apenas que a comunicação com a obra deixe claro o olhar que se lança sobre o ser humano e seu entorno.
O espetáculo O Ilha lança um olhar sobre o corpo e seu entorno para buscar novas possibilidades para as artes cênicas. Dirigido por Marcos Sobrinho, com o Núcleo de Dança e Performance, é inspirado na obra do artista plástico José Leonilson, em textos de Hilda Hilst e em ambientação sonora especialmente composta por Sérgio Villafranca
É intrínseco às artes o potencial de ser ao mesmo tempo o reflexo de uma época e a expressão de anseios por coisas de que se sente falta ou por mudanças para o que não tem mais sustentação na sociedade. Há quem diga que as artes cênicas passam por um momento de crise, presas a formatos ultrapassados. Assim como na crise provocada pelos excessos da humanidade, seja na economia, na relação com o ambiente seja no individualismo, o incômodo parece generalizado. Como se tivéssemos nos tornado ilhas sem comunicação, enclausuradas em universos particulares.
A dificuldade em achar novos caminhos é inegável. As tentativas por vezes são confusas e seus impactos, incertos. Mas ousar é fundamental.
A dança contemporânea procura frestas por onde se esgueirar em direção ao desconhecido, sem pudor de misturar à relação do corpo no espaço linguagens e conhecimentos outros. As hierarquias não cabem mais. Na fusão entre artes plásticas e dança, por exemplo, é desnecessário que se imponha uma sobre a outra – as fronteiras podem ser abolidas. O que surgirá de tal redesenho ainda é incógnita.
O público não deve ser subestimado e, sim, instigado. Não é preciso rótulo ou que se evite a abstração. Apenas que a comunicação com a obra deixe claro o olhar que se lança sobre o ser humano e seu entorno.
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