Inovações que poderiam se espalhar e contribuir para reduzir o uso de recursos ou torná-lo mais eficiente muitas vezes acabam limitadas, porque as empresas não são desenhadas para compartilhar.
Para ajudar a mudar tal estado de coisas, o Creative Commons (CC) juntou-se à Nike e à Best Buy – rede americana de varejo de eletrônicos – e lançou o GreenXchange. A iniciativa pretende usar a experiência do CC no desenvolvimento de licenças de uso de propriedade intelectual para permitir o compartilhamento de inovações que possam contribuir na busca da sustentabilidade. No momento, a iniciativa está à procura de parceiros dispostos a contribuir com capital e trabalho.
O GreenXchange visa permitir que uma empresa detentora de patentes importantes para a sustentabilidade possa disponibilizá-las de graça para outras companhias, desde que receba crédito por isso. Outra possibilidade é que tal empresa disponibilize patentes não relacionadas à sustentabilidade para pesquisa por companhias que não atuem em seu core business. O GreenXchange pode explorar ainda a “exceção de pesquisa”, que permite que acadêmicos conduzam pesquisa com base em processos patenteados por uma empresa.
A noção de “alguns direitos reservados” em vez de “todos os direitos reservados”, que ancora a ação do CC, é permitir que indivíduos e companhias operem em algum espaço entre o “mundo controlado” em que vivemos e a liberdade que os commons gostariam de promover, segundo John Wilbanks, vice-presidente de ciência do CC. Organização não governamental criada em 2001, o CC contabilizou 130 milhões de licenças em uso no ano passado.