A engenheira florestal Giselda Durigan não tinha dúvidas de que voltaria a Assis, lugar onde nasceu, depois de formar-se em Piracicaba e concluir o doutorado em biologia vegetal. O que ela não imaginava é que a gestão ambiental pudesse de fato reunir a pesquisa, os vizinhos, os políticos, toda a gente para discutir os desafios e definir a prática.
“Se naquele tempo alguém me dissesse que um supermercado boicotaria a carne de um frigorífico por sua origem duvidosa, eu jamais acreditaria”, diz ela, uma entusiasta das possibilidades que a crise e as novas informações trouxeram para nossos dias.
O cotidiano da engenheira – entre São Paulo, São Carlos e Assis – é uma mostra das alianças necessárias no ramo ambiental. Na Estação Ecológica de Assis, em pleno Cerrado, Giselda vai a campo, faz pesquisas sobre os ecossistemas e executa o plano de manejo.
Em São Carlos, orienta estudantes em temas tão pertinentes e ainda incógnitos como as invasões biológicas e a contenção dos efeitos de borda no Cerrado. Muitas das questões sem resposta que ela presencia no campo são os temas sobre os quais se debruçam seus alunos. “A corrosão dos fragmentos de vegetação natural pelos efeitos de
borda é um dos maiores desafios da conservação, essencial para a proteção do que ainda existe, mas exige um trabalho sem fim, porque é praticamente impossível reverter o isolamento”, afirma.
Os temas sobre os quais se debruçam seus alunos. “A corrosão dos fragmentos de vegetação natural pelos efeitos de
borda é um dos maiores desafios da conservação, essencial para a proteção do que ainda existe, mas exige um trabalho sem fim, porque é praticamente impossível reverter o isolamento”, afirma.
“É muito estimulante ver os ecólogos percebendo que o estudo será usado na tomada de uma decisão importante”, diz.
Para se co municar co m Giselda Durigan , escreva para giselda @femanet.com.br