Passada a crise econômica – ao menos por enquanto –, a construção civil está a toda no Brasil. Com ela, aos poucos se desenvolve em alguns estados um segmento mais “verde” da economia: o aquecimento solar de água, hoje presente em apenas 1,78% das residências. Crescendo a 17% nos últimos anos, o setor se beneficia de medidas governamentais – ainda que pontuais – que determinam ou orientam a implantação de sistemas solares em habitações para a baixa renda.
Em São Paulo, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do estado (CDHU) estabeleceu no ano passado um novo padrão para suas construções, em que o aquecimento solar é regra. Entre 2009 e 2010 devem ser concluídas cerca de 35 mil unidades. Também estão sendo entregues 11,3 mil equipamentos solares doados pela CPFL e pela EDP Bandeirante – as distribuidoras são obrigadas, por um programa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a investir 0,5% de sua receita operacional líquida em eficiência energética, a fim de reduzir a demanda.
Com o mesmo objetivo, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) trabalha com o aquecimento solar desde os anos 1980. Mas a maior expectativa do mercado atualmente é o programa Minha Casa, Minha Vida, com o qual a Caixa Econômica Federal pretende construir 1 milhão de habitações – e no qual está incluso o financiamento do equipamento solar. Só que o número de unidades “solares” até agora não passa de 9 mil, pouco mais de 3% do total. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a portaria que autoriza de fato esse financiamento só saiu no fim de fevereiro. A expectativa, agora, é alcançar 40 mil habitações entre 2010 e 2011.
Hoje, em mais de 70% dos lares brasileiros é o chuveiro elétrico que aquece o banho, consumindo em horário de pico por volta de 18% da energia gerada no País. O cálculo está no livro Um Banho de Sol para o Brasil, de Délcio Rodrigues e Roberto Matajs, editado pela ONG Vitae Civilis em 2004. Segundo o engenheiro mecânico Sérgio Colle, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estima-se que cada chuveiro elétrico instalado custe, para a sociedade, entre US$ 900 e US$ 2.000 em geração, transmissão e distribuição de energia.[:en]Passada a crise econômica – ao menos por enquanto –, a construção civil está a toda no Brasil. Com ela, aos poucos se desenvolve em alguns estados um segmento mais “verde” da economia: o aquecimento solar de água, hoje presente em apenas 1,78% das residências. Crescendo a 17% nos últimos anos, o setor se beneficia de medidas governamentais – ainda que pontuais – que determinam ou orientam a implantação de sistemas solares em habitações para a baixa renda.
Em São Paulo, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do estado (CDHU) estabeleceu no ano passado um novo padrão para suas construções, em que o aquecimento solar é regra. Entre 2009 e 2010 devem ser concluídas cerca de 35 mil unidades. Também estão sendo entregues 11,3 mil equipamentos solares doados pela CPFL e pela EDP Bandeirante – as distribuidoras são obrigadas, por um programa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a investir 0,5% de sua receita operacional líquida em eficiência energética, a fim de reduzir a demanda.
Com o mesmo objetivo, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) trabalha com o aquecimento solar desde os anos 1980. Mas a maior expectativa do mercado atualmente é o programa Minha Casa, Minha Vida, com o qual a Caixa Econômica Federal pretende construir 1 milhão de habitações – e no qual está incluso o financiamento do equipamento solar. Só que o número de unidades “solares” até agora não passa de 9 mil, pouco mais de 3% do total. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a portaria que autoriza de fato esse financiamento só saiu no fim de fevereiro. A expectativa, agora, é alcançar 40 mil habitações entre 2010 e 2011.
Hoje, em mais de 70% dos lares brasileiros é o chuveiro elétrico que aquece o banho, consumindo em horário de pico por volta de 18% da energia gerada no País. O cálculo está no livro Um Banho de Sol para o Brasil, de Délcio Rodrigues e Roberto Matajs, editado pela ONG Vitae Civilis em 2004. Segundo o engenheiro mecânico Sérgio Colle, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estima-se que cada chuveiro elétrico instalado custe, para a sociedade, entre US$ 900 e US$ 2.000 em geração, transmissão e distribuição de energia.