Construir residências com base em projetos sustentáveis é cada vez mais barato não apenas para a natureza, mas para o bolso. Na 2ª Ambiental Expo 2010, em São Paulo, foi apresentado um protótipo de casa popular, de 40 metros quadrados, cuja execução custaria R$ 45 mil. Um modelo similar, sem os recursos da sustentabilidade, ficaria entre R$ 35 mil e R$ 40 mil. A vantagem é que, com o passar do tempo, essa diferença de valor pode ser compensada, diante da economia no consumo de diversos itens. Entre eles, eletricidade. O sistema que capta energia solar para aquecer a água permite redução de 30% no uso de energia elétrica do chuveiro. Em comparação ao boiler, a diminuição é de 70%.
A captação da chuva no telhado faz o morador gastar até 50% menos de água, já que a reaproveita nos sanitários e na irrigação do jardim. Um espaço entre o teto e a telha de celulose reciclada faz parte de uma solução arquitetônica que facilita a circulação do ar no espaço interno, possibilitando menos uso de ventilador ou ar-condicionado.
Os tijolos de solo-cimento não queimam cerâmica nem lenha no processo de fabricação, reduzindo emissão de gás carbônico. “Não é apenas economia de energia, mas um projeto que se traduz em mais conforto e qualidade de vida para quem vai morar na casa”, diz Luiz Henrique Ferreira, diretor da construtora Inovatech, que idealizou o protótipo em conjunto com a Fundação Vanzolini e o arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb. Antes do fi m do ano, é possível que se tenha o primeiro condomínio de casas populares certificado com o selo Aqua, atribuído pela Fundação.