Da pessoa ao candidato. A edição de Página22 deste mês discute as perspectivas para a política atual, atordoada pelo recente desafio das mídias sociais, e, nessa reviravolta, a construção da imagem dos candidatos, sob a batuta das técnicas de marketing. A elas compete definir o que vestir, falar e até mesmo as melhores proposições a defender.
Para explorar essa ideia da “maquiagem política”, convidamos o artista corporal Beto França, com quem já havíamos tido uma ótima experiência na edição sobre ética e estética, de maio deste ano (veja a reportagem “Love, love, love”). Desta vez, Beto deu vida a uma série de personagens sobre o rosto do modelo Marco Cançado, nosso editor de arte.
Da persona do carrancudo à da senhora simpática, Marco foi só metáfora do que podemos verificar agora em grande parte – se não em quase todas – as campanhas eleitorais. Tudo em nome do carisma e da identificação com o público, muito embora essa nova roupagem pareça ser vestida de uma forma um tanto quanto incômoda por alguns candidatos.
Na reportagem “Para ser bem-amado”, você pode conferir o resultado da empreitada (veja o making-of do ensaio na galeria ao lado), além de uma análise, feita pela consultora Sabina Donadelli, com os principais estilos reconhecidos em políticos brasileiros. Segundo a consultora, foi a união do “sexy” e do “romântico” que elegeu o presidente Lula.
Fotos: Peterson Marques