Comentário de Juliano Mendonça, pesquisador do GVces e ciclista urbano, a partir do post Prefeitura de Munique cria departamento e orçamento exclusivo para tratar de bicicletas na cidade
A solução parece simples: integração intermodal e fomento à cultura da mobilidade sustentável. Mas para isso é preciso vontade política e coragem para enfrentar a cultura do automóvel, e ai, no nosso caso, complica.
Enquanto em Munique a administração municipal colocou em prática toda uma estratégia de fomento à cultura do ciclismo, em SP vemos o oposto: é a sociedade civil (alguns poucos bicicleteiros e não muito organizados) que pressiona a prefeitura para que o modal cicloviário seja encarado de forma séria no planejamento da cidade. E a Prefeitura/ Gov. do Estado insistindo – e gastando muito – na ampliação da Marginal Tietê.
Quem sabe quando chegarmos ao colapso total, quiçá durante as Olimpíadas ou Copa do Mundo, as pessoas reconsiderem sua relação com o carro e o transporte cicloviário passe a ser encarado como uma alternativa de mobildiade pelo poder público.