Histórias e ideias de quem lê Página22
Bruno Andreoni foi um dos primeiros assinantes da revista Página22, antes de a publicação tornar gratuito todo o conteúdo por meio de sua plataforma multimídia. Fomos atrás dele para saber o que anda fazendo. Sim, ele continua recebendo e, perdoe-nos o cabotinismo, gostando desta versão impressa da revista.
Nascido em São Paulo e formado em Turismo, Andreoni queria valorizar a cultura e a produção locais a partir de ações na área turística, mas achou pouco inovador trabalhar com o poder público. Começou então a fazer programas de recreação com crianças e adolescentes, embalado por uma pós-graduação na área de Educação. Foi quando conheceu e passou a integrar o quadro de colaboradores da Associação Cidade Escola Aprendiz, ou, para os mais próximos, o Aprendiz.
De estagiário a coordenador de comunicação, foram muitas as ações, os projetos e os aprendizados, ainda que em um período rápido. Andreoni tem 27 anos e ingressou no Aprendiz em 2006. Desde o princípio, ele guarda uma diretriz da ONG que vale a pena ser compartilhada: “Se uma cidade está pronta para uma criança, estará pronta também para o adulto”. Em 2005, passou a organizar a formação de agentes sociais, o que lhe rendeu experiências em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, formando mão de obra em tecnologia social.
Depois, em 2008, assumiu as pesquisas avaliadoras do trabalho de formação e levantamento dos resultados. A passagem pelo Fórum Social Mundial, em Belém, no ano seguinte, foi fundamental para se conectar com outros movimentos e pessoas que trabalhavam questões similares. O processo o levou a assumir a área de comunicação do Aprendiz, desde a estruturação (antes sob responsabilidade externa) até criar uma linha para o projeto de comunicação e traduzir aos diversos públicos que tipo de trabalho é feito ali. Busca da sustentabilidade, de maneira ampla e irrestrita.