Desde 2006, quando foi criada, a Gastromotiva prepara jovens de comunidades de baixa renda com objetivo de facilitar a entrada deles no mercado de trabalho, mais precisamente no setor de gastronomia. Até hoje, foram 105 beneficiados. Além da parte prática, os alunos têm aulas sobre cidadania e o papel do indivíduo na sociedade. Em 2011, a ideia do fundador, David Hertz, é incrementar o perfil comercial do grupo. Aproveitar seu caráter educativo e de inclusão social, em conjunto com a capacidade para novos negócios.
Em associação com a chef Tanea Romão, e a participação dos jovens, a Gastromotiva aposta no desenvolvimento de produtos inéditos. Hertz fala de receitas que fazem um aproveitamento integral dos ingredientes.
A geleia de pimenta com maracujá, um dos produtos de maior sucesso nos bufês servidos pela marca, transformou-se em fonte de inspiração para liderar a nova linha. Depois de algumas adaptações, ela se tornou o chutney de casca de maracujá com especiarias. “Na geleia, usamos uma pimenta, a dedo-de-moça, porém, descartamos a semente. Do maracujá, usa-se apenas a polpa. No caso do chutney, um molho agridoce, geralmente feito de frutas, tudo é incorporado”, diz o fundador da Gastromotiva.
Entrevistá-lo por volta de meio-dia é uma tarefa árdua, principalmente quando ele diz que a mistura combina com carnes, como cordeiro e pato, além de queijos, saladas e tortas. Dá fome, pode acreditar. Dentro da lógica de uso de 100% dos alimentos, estão sendo desenvolvidas receitas diferentes, que contêm tomate, berinjela, entre outros itens.
Também em 2011, por meio de sua incubadora, a Gastromotiva planeja apoiar a inauguração de quatro projetos. Um é o bufê dentro de Paraisópolis, tendo à frente moradores da própria comunidade. Há ainda a rôtisserie italiana na Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo (Ceagesp) e duas docerias. Com o patrocínio obtido até agora, serão formados também mais cem alunos, durante o ano. Quem quiser conhecer mais, pode acessar o site da Gastromotiva.