O país que descobrir como gerar energia limpa e barata será a nação economicamente mais poderosa do planeta no futuro”, disse Barack Obama em seu primeiro pronunciamento do ano, o tradicional State of the Union, no Congresso Americano.
A referência ao momento Sputnik, quando o lançamento do primeiro satélite espacial pelos soviéticos levou os Estados Unidos a fundar a Nasa, faz alusão a uma nova corrida tecnológica, cujo principal competidor seria a China. A boa notícia é que um eventual turning point por parte das duas superpotências em direção ao baixo carbono poderia ter um efeito cascata sobre o mundo todo.
O plano de alcançar 80% de energia limpa até 2035, no entanto, foi recebido com ceticismo por analistas nos Estados Unidos. Bryan Walsh, da revista Time, lembrou que a meta diz respeito apenas à Eletricidade e não à imensa pegada de carbono nos transportes. Além disso, Obama está disposto a colocar no balaio da “energia limpa” alternativas controversas como nuclear, gás natural e o chamado “carvão limpo”, cujas emissões são capturadas e armazenadas. Segundo Walsh, esse entendimento amplo e discutível de energias alternativas já corresponde a 40% da eletricidade produzida nos EUA.
A maior encrenca para a administração Obama vai na linha de assoviar e chupar cana. Ao mesmo tempo que deseja ampliar os investimentos em C&T, precisará tapar o buraco do défi cit público. Há necessidade de novas fontes de recursos e as duas principais alternativas, o cap-and-trade da lei climática e o corte de subsídios do petróleo, já foram barradas pelo Congresso em passado recente.
Para contornar a resistência política, o presidente americano situou sua estratégia em termos de inovação, arrancada econômica, empregos. Em todo seu discurso, não mencionou uma vez Sequer os termos “mudança do clima” ou “aquecimento global”. A ver se funciona.[:en]
O país que descobrir como gerar energia limpa e barata será a nação economicamente mais poderosa do planeta no futuro”, disse Barack Obama em seu primeiro pronunciamento do ano, o tradicional State of the Union, no Congresso Americano.
A referência ao momento Sputnik, quando o lançamento do primeiro satélite espacial pelos soviéticos levou os Estados Unidos a fundar a Nasa, faz alusão a uma nova corrida tecnológica, cujo principal competidor seria a China. A boa notícia é que um eventual turning point por parte das duas superpotências em direção ao baixo carbono poderia ter um efeito cascata sobre o mundo todo.
O plano de alcançar 80% de energia limpa até 2035, no entanto, foi recebido com ceticismo por analistas nos Estados Unidos. Bryan Walsh, da revista Time, lembrou que a meta diz respeito apenas à Eletricidade e não à imensa pegada de carbono nos transportes. Além disso, Obama está disposto a colocar no balaio da “energia limpa” alternativas controversas como nuclear, gás natural e o chamado “carvão limpo”, cujas emissões são capturadas e armazenadas. Segundo Walsh, esse entendimento amplo e discutível de energias alternativas já corresponde a 40% da eletricidade produzida nos EUA.
A maior encrenca para a administração Obama vai na linha de assoviar e chupar cana. Ao mesmo tempo que deseja ampliar os investimentos em C&T, precisará tapar o buraco do défi cit público. Há necessidade de novas fontes de recursos e as duas principais alternativas, o cap-and-trade da lei climática e o corte de subsídios do petróleo, já foram barradas pelo Congresso em passado recente.
Para contornar a resistência política, o presidente americano situou sua estratégia em termos de inovação, arrancada econômica, empregos. Em todo seu discurso, não mencionou uma vez Sequer os termos “mudança do clima” ou “aquecimento global”. A ver se funciona.