Medir o tamanho e a força do setor social – sem fins lucrativos – no mundo não é, por certo, uma tarefa fácil. Faltam informações confiáveis especialmente no Hemisfério Sul. E, mesmo quando existem, é praticamente impossível estabelecer padrões de comparação, pois as metodologias utilizadas são muito diferentes.
Para buscar solucionar o problema, o Brasil e outros 32 países decidiram adotar a metodologia desenvolvida pelo diretor do Centro de Estudos da Sociedade Civil da Universidade Johns Hopkins, Lester Salamon. No Brasil, a métrica será inserida em um novo software para as contas nacionais que está sendo implantado pelo IBGE, o que vai permitir, já em 2012, analisar o tamanho do setor no País.
As bases do método encontram-se na publicação Handbook on Non-Profit Institutions in the System of National Accounts, elaborado pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas e pelo centro de pesquisas dirigido por Salamon. O objetivo é aplicar cruzamentos com dados já existentes. Salamon esteve em março em São Paulo, onde se reuniu com representantes do IBGE, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife), da USP e do Programa de Voluntariado das Nações Unidas, no escritório Pinheiro Neto Advogados.