Música em movimento
O palco agora é lugar de passagem. Estão cada vez mais comuns as apresentações nos metrôs. A ideia é boa, porque promove o encontro da plateia com o lugar do transporte público, mostrando que ele existe e deve ser usado. É o caso do BH Music Station, o festival de música que lá ocorre pela quinta vez. Os mineiros não são muito adeptos do transporte público e o metrô da cidade é bastante deficiente.
O Festival começa quando os trens param de funcionar, de meia-noite até as 5 horas. Serão três sábados seguidos neste mês de junho, 4, 11 e 18. É um ingresso por noite que dá direito a várias estações-shows. E no trajeto você se diverte com performances, teatro, circo e música ao vivo nos vagões e corredores do trem. Os artistas Marcelo Camelo, Lobão, Roberta Sá e Trio Madeira Brasil, Tiê, Os Paralamas do Sucesso, Funk Como Le Gusta, Gravelover’s, Nação Zumbi, Del Rey, Fusile e Orquestra Mineira de Brega estão confirmados.
Em São Paulo, a Estação Paraíso do Metrô recebeu até o mês passado várias atrações. O objetivo foi transformar a hora do rush em momento de diversão e cultura, sempre na última sexta-feira do mês, com a esperança de que nessa data o público estivesse mais relaxado.
Os shows foram realizados ao lado da plataforma de embarque para o Tucuruvi. A produtora responsável pelo festival informa que 18 estações foram contempladas em todas as regiões de São Paulo durante os próximos dez anos. O público possível são 4 milhões de pessoas que circulam diariamente pelo metrô da capital paulista. Mais aqui.
2012 com otimismo
O longa 2012 – Tempo de Mudança estreia este mês em São Paulo e Rio de Janeiro. Produção nacional, dirigida por João Amorim, o documentário é didático na abordagem dos três pilares da sustentabilidade – sociedade, meio ambiente, economia –, mas também instiga o espectador a mudanças de hábitos, a observação do conhecimento tradicional e a busca de modos de vida menos individualistas e mais harmônicos. Sting, Gilberto Gil, David Lynch, Ellen Page, André Soares, Lucy Legan, Paul Stamets, entre outros entrevistados, enriquecem o filme com seus relatos.
Festival de cinema francês
Este ano, 22 cidades brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campos, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Juiz de Fora, Macaé, Maceió, Natal, Porto Alegre, São Luís, Santos, Salvador, Recife e Vitória) recebem programação de filmes inéditos da recente produção francesa entre os dias 8 e 16 de junho. O filme de abertura é a comédia Potiche, de François Ozon, e quem vem divulgá-lo é ninguém menos que a diva Catherine Deneuve. No ano passado, o evento atraiu mais de 25 mil espectadores em nove capitais. São Paulo e Rio vão receber delegações de artistas franceses e encontros com profissionais da área, um verdadeiro intercâmbio de experiências entre franceses e brasileiros. Fique atento ao site para saber a programação completa.
Quarteirão do soul
O espaço público apropriado pelo movimento do soul americano dos anos 60. Agora faça a transposição para os anos 2000 e para o cenário do centro de Belo Horizonte, coalhado de músicos e dançantes adeptos da black music. O Quarteirão do Soul completa sete anos e reúne a turma entre a Avenida Amazonas e a Rua Tupis. A música ao ar livre rola todo sábado de 14h às 22h e funciona no esquema “é só chegar”. O grupo nasceu no dia 26 de abril de 2004, quando Geraldo, lavador de carros, vendeu um CD ao amigo Abelha, que resolveu ouvi-lo ali mesmo. “Quando o Abelha chegou pra pegar o CD, a gente estava aqui tomando uma cerveja e ficamos escutando as músicas e dançando. Chegaram algumas pessoas e, ali mesmo, resolvemos começar a festa na semana seguinte”, conta Geraldo.
O Quarteirão do Soul gerou um curta, Damas do Soul, um registro da vida das mulheres que, apesar das dificuldades, não perdem o passo da coreografia e muito menos a paixão pelo ritmo da juventude. O curta está na íntegra no YouTube.