Empresas reportam mal seu impacto hídrico
Água é recurso básico para a produção industrial e agrícola. Apesar desse papel essencial, as empresas não divulgam suas pegadas hídricas de forma clara. A organização americana Ceres, que reúne investidores, ambientalistas e empresas, elaborou um método de avaliação da comunicação corporativa relacionada à água e encontrou um cenário turvo.
O método estabelece pontuação de 0 a 100 em cinco categorias: contabilidade, avaliação de risco, operações diretas, cadeia de suprimentos e engajamento de stakeholders – governos, comunidades afetadas e empresas que compartilham os mesmos recursos hídricos.
Com base nisso, a Ceres analisou relatórios corporativos globais das cem maiores companhias de capital aberto dos setores de petróleo e gás, químico, energia elétrica, bebidas, alimentos, construção civil, mineração e semicondutores. Encontrou documentos com linguagem vaga, poucos dados sobre cadeias de suprimentos e operações em regiões de estresse hídrico e poucas tentativas de quantificar ou monetizar riscos.
A melhor nota foi atribuída à companhia de bebidas britânica Diageo (43 pontos); a pior, só 1 ponto, foi a da fabricante de semicondutores Micron, dos Estados Unidos. Veja o estudo Murky Waters: Corporate Reporting on Water Risk na íntegra.