Histórias e ideias de quem lê Página 22
Reduzir o impacto ambiental de eventos e mostrar que ações benfeitas podem até baixar o custo dos empreendimentos. Fernando Beltrame passa boa parte do seu tempo envolvido com estas questões, seu ganha-pão e sua paixão desde 2008, quando criou a Evento Neutro, missão explícita no próprio nome.
Beltrame acredita que tem crescido a disposição para aderir a ações ambientais, mas ainda muito restrita ao universo das grandes empresas. Para ele, pulverizar as iniciativas é o grande desafio dos próximos anos, principalmente no segmento do varejo que acaba atingindo um número maior de pessoas. “Alguns ainda veem a neutralização como marketing. Então nosso papel também é combater o greenwashing. Em 2010, a procura por esse trabalho triplicou em relação ao ano anterior, o que já é um bom sinal”, diz.
Nesse pacote, mesmo que o cliente já realize alguma prática na área ambiental, convém mostrar que não adianta neutralizar emissões se não tiver coleta seletiva ou se o evento gerar muito resíduo.
A boa notícia é que, ao passo que a neutralização de eventos se torna mais conhecida e praticada, seu custo também fica mais acessível. Beltrame avalia que, hoje, zerar emissões de um evento fique em torno de 2% do custo total.
Formando em Engenharia de Alimentos pela Unicamp e com MBA em Gestão Administrativa pela FGV, Fernando Beltrame começou a carreira na indústria logística, mas “namora” a sustentabilidade há tempos. Hoje ele quer “falar” com um número cada vez maior de pessoas sobre a neutralização.
“Queremos fazer produtos para o grande público. As empresas começam a investir nisso quando os clientes começam a ver valor, reconhecer a importância. Até para o patrocinador do evento queremos criar uma cota verde, para que ele também participe da neutralização.”
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