A Stratigraphy Commission da Sociedade Geológica de Londres deve decidir em 2011 se considera válida a proposição de que o Planeta está entrando em uma nova era na escala do tempo geológico, o antropoceno.
O termo, popularizado pelo Prêmio Nobel de Química, Paul Crutzen já foi aceito pela sociedade geológica norte-americana e é cada vez mais amplamente divulgado. Pela primeira vez na história do Planeta o próprio equilíbrio do sistema climático é modificado por razões fundamentalmente antrópicas, a partir da emissão de gases de efeito estufa intensificada desde a Revolução Industrial e, sobretudo, desde a segunda metade do Século XX com a explosão no uso de combustíveis fósseis como base do crescimento mundial.
Qual o papel da próxima conferência Rio+20 na pressão social, na formulação de propostas e na capacidade de modificar radicalmente um quadro cujas consequências catastróficas já se fazem sentir na intensificação dos eventos extremos? O tema será abordado por Ignacy Sachs, professor emérito da École des Hautes Études en Sciences Sociales, que assessorou a ONU na conferência de 1992 do Rio, por Fabio Feldman, ex-deputado federal, ex-secretário do meio ambiente de São Paulo ex-presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e que participou de quase todas as conferências do Clima até hoje, pelos professores Ricardo Abramovay da FEA e Wagner Ribeiro da FFLCH e do PROCAM.
O evento terá transmissão ao vivo no site do IEA-USP.
Realização: NESA-USP e Grupo de Pesquisas em Ciências Ambientais do IEA-USP
Coordenação: Ricardo Abramoway (FEA-USP e NESA)
Palestra: Ignacy Sachs (École des Hautes Études en Sciences Sociales – França)
Debatedores:
Fabio Feldmann (ambientalista, ex-secretário de meio ambiente do estado de São Paulo
Wagner Costa Ribeiro (FFLCH e IEA-USP)
Ricardo Abramoway (FEA-USP e NESA)