A sete meses de acontecer, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a “Rio +20”, virou assunto mais frequente nas notícias e conversas de quem está aguardando o encontro. Nele será definida a nova agenda internacional do desenvolvimento sustentável para os próximos anos. Dois documentos já circulam pela internet para dar voz à população, organizações civis e empresas nesse momento pré-encontro onde os rumos e posicionamentos de cada nação estão se definindo.
O Ministério do Meio Ambiente lançou uma Consulta Pública com onze questões para saber o que as pessoas ou grupos esperam do evento e de seus desdobramentos. As perguntas abordam, por exemplo, quais seriam os temas que devem ser incluídos na nova agenda da sustentabilidade, como implementar a economia verde e questionam os resultados das conferências anteriores (a Eco-92 e a de Joanesburgo, em 2002).
A Consulta Pública pode ser respondida até 25 de setembro. Depois disso, o governo irá definir o primeiro documento para ser entregue à ONU em 1º de novembro. Cada país-membro irá fazer o mesmo, o que resultará no passo inicial das negociações.
O outro documento é o “Virando o Jogo na Rio+20”. O abaixo-assinado virtual busca criar e reforçar a mobilização da sociedade na vigilância dos chefes de estado que deverão comparecer à Conferência. Segundo o documento, é preciso que eles levem ao encontro planos de ação concretos para que sejam iniciados em breve e a estabelecer diretrizes para a transição para a nova economia.
“É inadmissível que vinte anos após a Cúpula da Terra ainda estejamos atolados em reuniões infrutíferas, com pouco ou nenhum resultado prático, enquanto os problemas sociais, econômicos e ambientais apenas se agravam. A Rio+20 não pode ser apenas um evento no calendário ou uma oportunidade promocional, sem compromisso com mudanças efetivas e urgentes”, diz a petição.