Há dois anos a indústria de vestuário paulista é fiscalizada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP), como forma de punir e evitar o uso de mão de obra ilegal em confecções. A partir disso, cerca de 200 processos registraram casos de analogia à escravidão – entre eles o que, em agosto, flagrou condições de trabalho degradantes em confecções da rede espanhola Zara. Na mesma semana, a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) lançava uma versão revisada do selo que regulamenta a produção de roupas no País.
A certificação, que já abrangia normas técnicas e padronização de tamanho, matéria prima, qualidade da costura e as informações das etiquetas, agora, vai também considerar o compromisso das redes varejistas com a mão de obra.
Celina Almeida, consultora do Instituto Totum, que fará as auditorias, afirma que é uma tentativa de coibir o trabalho ilegal e incentivar as empresas a escolherem os fornecedores com infraestrutura adequada para produção e equipe compatível com a atividade. As confecções serão auditadas cerca de três vezes por ano. A etiqueta da boa conduta deve chegar às lojas até o fim de 2011. Por enquanto, a Abravest está cadastrando as marcas interessadas em ter a certificação.