Morreu no último dia 25, aos 71 anos, a ativista queniana Wangari Maathai, primeira mulher africana e primeira ambientalista a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 2004. Trata-se da mais alta honraria em uma trajetória já repleta de pioneirismos. Wangari foi também a primeira mulher do centro-leste africano a obter um título Ph.D. e a ocupar uma cadeira de professora titular na Universidade de Nairóbi, onde lecionava Medicina Veterinária.
Seu maior legado é a organização Green Belt Movement. O que começou com um mutirão de mulheres dedicadas a plantar árvores para combater os efeitos da desertificação no Quênia, em 1977, transformou-se na maior entidade feminista-conservacionista do mundo. Hoje, milhões de árvores depois, o Green Belt Movement oferece formação em gestão, liderança e desenvolvimento de projetos a todas as mulheres participantes.
Isso significa que Wangari percebeu, antes de todo mundo, a importância de uma abordagem de gênero sobre a conservação da natureza, capaz de usar o efeito multiplicador da formação de mulheres para gerar benefícios sociais e ambientais simultaneamente. (mais na reportagem “Natureza feminina”)
Graças à sua franca oposição a regimes ditatoriais no Quênia, foi presa e espancada diversas vezes, até se tornar ministra adjunta de Meio Ambiente entre 2003 e 2005. Wangari Maathai morreu de câncer e deixa três filhos e uma neta.[:en]Morreu no último dia 25, aos 71 anos, a ativista queniana Wangari Maathai, primeira mulher africana e primeira ambientalista a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 2004. Trata-se da mais alta honraria em uma trajetória já repleta de pioneirismos. Wangari foi também a primeira mulher do centro-leste africano a obter um título Ph.D. e a ocupar uma cadeira de professora titular na Universidade de Nairóbi, onde lecionava Medicina Veterinária.
Seu maior legado é a organização Green Belt Movement. O que começou com um mutirão de mulheres dedicadas a plantar árvores para combater os efeitos da desertificação no Quênia, em 1977, transformou-se na maior entidade feminista-conservacionista do mundo. Hoje, milhões de árvores depois, o Green Belt Movement oferece formação em gestão, liderança e desenvolvimento de projetos a todas as mulheres participantes.
Isso significa que Wangari percebeu, antes de todo mundo, a importância de uma abordagem de gênero sobre a conservação da natureza, capaz de usar o efeito multiplicador da formação de mulheres para gerar benefícios sociais e ambientais simultaneamente. (mais na reportagem “Natureza feminina”)
Graças à sua franca oposição a regimes ditatoriais no Quênia, foi presa e espancada diversas vezes, até se tornar ministra adjunta de Meio Ambiente entre 2003 e 2005. Wangari Maathai morreu de câncer e deixa três filhos e uma neta.