Prata da casa:
Movimentos de longa data
O ano de 2011 é um marco para quatro grandes organizações não
governamentais que comemoram o amadurecimento de suas trajetórias em aniversários “redondos”. O WWF Internacional faz 50 anos, o Greenpeace Internacional e a Amigos da Terra comemoram 40 e a SOS Mata Atlântica, 25. Um histórico mais longo significa acúmulo de vitórias, responsabilidades e maior visibilidade. O Greenpeace, por exemplo, nasceu da ação de um grupo de 12 ecologistas (foto), considerados na época malucos e idealistas e, hoje, agrega mais de 3 milhões de colaboradores pelo mundo.
São histórias que acompanharam a consolidação da democracia no Brasil e da pauta da sustentabilidade nas agendas internacionais (principalmente depois da Eco 92) e o surgimento de milhares de outras ONGs dos mais variados interesses.
Página22 propôs-se a descobrir o que está por trás das lutas dessas ONGs, o que mudou nesse tempo e os novos desafios. Para Belloyanis Monteiro, coordenador de voluntariado da SOS Mata Atlântica, o maior ganho foi a aproximação do movimento social com o ecológico. Prova disso é a frequência do termo “socioambiental” entre os ongueiros.
Ao mesmo tempo, diz Monteiro, as organizações estão mais desarticuladas devido a seus interesses pontuais, como a luta pelo mar, pelo fim da energia nuclear ou espécies de animais. Faltaria uma maior aproximação entre elas por uma causa maior. Já para Fernando Campos Costa, vice-presidente do Núcleo Amigos da Terra, é preciso tomar cuidado com o “ambientalismo de mercado” que quer se apropriar da sensibilidade da sociedade na causa verde sem ter ações efetivas. Leia a reportagem completa.
Mundo à fora
Choque de realidade
Al Gore não se cansa de pregar sobre os males do aquecimento global. Seu novo projeto, o “24 horas de Realidade”, aconteceu em setembro quando vídeos produzidos em 24 países foram transmitidos durante um dia inteiro. Por meio de imagens, gráficos e debates, representantes de cada nação abordaram os impactos que o aumento da temperatura da Terra está causando em cada localidade. Também deram exemplos de boas ações voltadas para minimizar o aquecimento, como forma de inspirar novas mobilizações. Mais de 8,6 milhões de pessoas acompanharam as apresentações. Para continuar disseminando as informações, o site permite contatar articuladores dos países participantes e organizar palestras e debates locais usando os vídeos e debates gravados.
Donos do mundo
O que você faria se governasse o mundo? A pergunta parece uma brincadeira, mas, se você respondê-la na página do If we ran the world, descobrirá que há muitas pessoas com os mesmos desejos – muitas delas colocando (ou pelo menos tentando colocar) a ideia em prática. O site ifwerantheworld.com tem como objetivo levar ao mundo real as boas intenções que, muitas vezes, ficam só no plano do imaginário. Vale tudo, de ambientalismo à educação e até a adoção de animais de rua. Um exemplo: se, no comando do planeta, sua meta é mobilizar mais jovens a fazer trabalho voluntário, o site vai apresentar um projeto de plataforma on-line no qual as pessoas se cadastram e apresentam seus interesses para descobrir oportunidades. Em contato com as “microações”, você se articula, promove ou faz doações.
Vale o Click
EX-EX-CARNÍVORO
Como todo “ex”, Rhys Southan guarda frustrações dos nove anos em que seguiu a dieta vegana. Em seu polêmico blog “Let them eat meat”, entrevista tanto ex-veganos quanto atuais militantes da dieta e escreve textos cheios de argumentos. Assim, consegue explorar o veganismo, suas éticas, tabus e, principalmente, os problemas de saúde que podem ser desencadeados. Ele voltou a comer carnes e laticínios porque, depois de todo o esforço para respeitar os animais, deu-se conta de que estava fraco e doente.
NATUREZA ON-LINE
A nova versão da Enciclopédia da Vida (EOL, em inglês) catalogou dados de 700 mil espécies da natureza, que estão disponíveis no site. Isso significa um terço das espécies conhecidas pela ciência em vídeos, fotos, sons e informações que satisfazem os interesses tanto de estudantes quanto de cientistas. Os internautas podem criar comunidades para compartilhamento de dados, mas tudo o que é postado lá passa pela certificação de pesquisadores e ganha um selo de garantia de veracidade.
COLETIVOS SIEMENS
A empresa de eletrônicos Siemens criou duas comunidades para agregar especialistas em sustentabilidade e promover a difusão de informação: o Sustainable Cities Collective – para profissionais de planejamento urbano, cidades sustentáveis e economia verde – e o The Energy Collective, voltado para o desenvolvimento de energias renováveis. As comunidades são abastecidas com artigos, notícias e discussões dos próprios membros. Acesse em theenergycollective.com e sustainablecitiescollective.com