Prata da casa
Sustentabilidade põe mesa, sim
Mais do que refeições saborosas, o restaurante paulistano GOA oferece a responsabilidade ética e ecológica em seu menu. O local virou referência em gastronomia saudável e engajada desde 2001, quando foi aberto com o nome de Gaia, por Augusto Pinto. Em entrevista em vídeo, o chef e proprietário fala a Página22 sobre como levou a sustentabilidade à mesa, à cozinha e ao serviço, e também do potencial de expansão, no Brasil, da culinária considerada sustentável.
A escolha dos alimentos orgânicos é só o começo de uma lista de valores defendidos pelo chef como indispensáveis para o mundo que iremos legar ao futuro. O respeito a “qualquer forma de vida consciente”, por exemplo, vai desde o cardápio sem carnes até o privilégio a pequenos produtores na hora da compra dos ingredientes. Também inclui a valorização do time de funcionários, incentivados a fazer aulas de teatro e yoga, e dos clientes, claro.
Para diminuir a pegada ambiental, Augusto Pinto decidiu eliminar as bebidas em garrafas PET e as sacolas plásticas. O lixo inevitavelmente produzido é enviado para a reciclagem. O cliente, segundo ele, ainda é recompensado com preços justos, o que torna os pratos ainda mais atraentes. Veja mais na entrevista.
Mundo a fora
Pálido Ponto Azul
Em suas pesquisas sobre o universo e a Terra, que chamava de “pálido ponto azul”, o astrônomo americano Carl Sagan concluiu que a astronomia é “uma experiência que forma o caráter e ensina a humildade”. Essas e outras palavras poéticas e proféticas, que ele costumava registrar, foram unidas a imagens estonteantes cedidas pela Nasa na Série Sagan. O projeto é uma homenagem a um dos mais importantes e populares pesquisadores da agência – e certamente o mais inspirado. Os vídeos são de arrepiar e abordam o papel do homem neste planeta e no espaço, pelo qual luta tanto para conquistar. O blog Bule Voador tem acompanhado os lançamentos de cada novo episódio e os publica com legendas em português.
Cidades urbanas e humanas
Inspirada em provérbio do urbanista dinamarquês Jan gehl, segundo o qual o homem sabe tudo sobre o habitat ideal das espécies de animais, mas desconhece o do Homo sapiens, a jornalista Natália Garcia idealizou o projeto Cidades para Pessoas. desde maio deste ano, ela mora durante um mês em cidades que são bons exemplos de planejamento urbano e faz reportagens para o blog Cidades Para Pessoas.
Junto com a companheiradora (sua bicicleta dobrável), Natália passou por Curitiba, Paris, amsterdã e Copenhague – cidade onde nadava quase todos os dias num canal que levou 15 anos para ser despoluído. a missão acaba em maio de 2012, com um total de 12 destinos visitados e um arquivo de inspirações e modelos para que as cidades brasileiras se tornem mais agradáveis para quem nelas habita, mas nem sempre delas usufrui.
Vale o Click
Clima ontem e amanhã
Nem é preciso saber de física ou meteorologia para pressagiar como as mudanças no clima vão afetar regiões no mundo até o fim do século. O site Climate Wizard tem um mapa interativo com previsões de precipitação de chuvas e temperaturas médias para 2050 e 2100. Também traz um histórico das características climáticas dos 50 anos passados. O objetivo é ser uma fonte de informação para técnicos e leigos sobre os impactos do aquecimento global. Por isso, a navegação é simples e intuitiva.
Foto 3×4, mas gigante
Já imaginou ter sua foto estampando a cidade em um pôster com mais de mais de 1 metro de altura? É isso o que faz o projeto inside Out, do fotógrafo francês JR. Trata-se de um projeto de arte participativa em escala global. Quem envia uma foto pelo site insideoutproject.net recebe em casa, e de graça, um pôster em largas dimensões para colar onde bem entender. Nas mãos de JR, os retratos gigantes já renderam intervenções urbanas memoráveis, tais como a exposição de fotos de moradores de favelas cariocas sobre o telhado das casas e a colagem de imagens de palestinos e israelenses nos muros da Faixa de gaza.
Idiomas silenciados
A unesco lançou uma nova edição do Atlas das Línguas do Mundo em Perigo, com informações de 2.473 idiomas que podem se perder por não serem mais ensinados ou usados. A versão on-line traz as localizações no google Maps dos povos falantes desses idiomas. Os países com mais línguas em risco são Índia (198), Estados unidos (191) e Brasil (190).