A Rio+20 vai centrar-se em dois temas: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza. Um dos objetivos é avaliar a implementação dos acordos feitos em torno da sustentabilidade nas últimas duas décadas. Em outras palavras, os países serão chamados a contar como anda a implementação da Agenda 21.
Mas a emergência da economia verde como saída para a crise ambiental ameaça jogá-la para escanteio, por conta do desgaste com inúmeros processos que não resultaram em ações concretas, a exemplo da Agenda 21 de municípios, que só existe no papel. Para Aron Belinky, no entanto, nem tudo está perdido. Ele acredita que o ambiente de diálogo característico da Agenda 21 está internalizado em vários processos, mesmo que não sejam batizados como tal. “A Agenda 21 pode até perder o nome, mas não perde a cultura de discutir um projeto de desenvolvimento com a sociedade com certas diretrizes.”
Diferentemente da Eco 92, a próxima Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável não pretende chegar a um tratado a ser ratificado pelos membros. O produto esperado agora são diretrizes para a consolidação da economia verde e do desenvolvimento sustentável. O resultado mais provável deverá ser uma recomendação de que a ONU estabeleça as diretivas de desenvolvimento sustentável baseadas nas Metas do Milênio, que serão revisadas em 2015.