A seca prolongada no Texas e as inundações no Sudeste Asiático só reforçam o coro dos que associam a mudança climática à maior frequência de eventos extremos, com nefastos efeitos à economia. A estiagem é a mais aguda já registrada na história do Estado americano e afeta severamente sua pecuária e agricultura (o Texas responde por metade da produção de algodão dos EUA). Economistas estimam que os prejuízos nos setor agrícola já somam US$ 5,2 bilhões. Milhares de cabeças de gado foram vendidas porque os pecuaristas não têm como saciar a sede dos animais, provocando alta nos preços da carne bovina. Até esgoto está sendo reciclado para abastecer algumas cidades com água potável.
Para atenuar o drama e prevenir um colapso no fornecimento de água a um Estado cuja população deve dobrar em 50 anos, o Texas precisa de US$ 52 bilhões. O dinheiro será aplicado em 562 novos projetos de conservação hídrica, medidas antierosão do solo e novos reservatórios. Em 8 de novembro, os texanos aprovaram por margem estreita uma autorização para que o órgão estadual responsável pela gestão hídrica arrecade até US$ 6 bilhões com a venda de bônus extra, valor bem longínquo do necessário.