O Rio prepara-se para operar a primeira bolsa de ativos verdes do Brasil a partir de abril – a Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio). Inicialmente, a bolsa concentrará atuação em carbono, efluentes industriais da Baía de Guanabara, reposição florestal relacionada à Reserva Legal, reposição de supressão de vegetação nativa e logística reversa e reciclagem.
O modelo de compra e venda de créditos ambientais será inspirado no sistema de cap-and-trade vigente nos mercados de chuva ácida nos Estados Unidos e de carbono na Europa. Por esse sistema, é estabelecido um teto para a emissão de poluentes (cap). A empresa que o ultrapassa precisa comprar créditos excedentes. As companhias que lançaram poluentes abaixo do teto para cumprir suas obrigações legais (trade). No caso dos créditos de logística reversa, empresas e cooperativas que recolherem produtos e equipamentos descartados poderão vendê-los a empresas com obrigações a cumprir segundo a lei que instaurou a Política Nacional de Resíduos Sólidos em agosto de 2010.
Para implantar a BVRio, que funcionará na capital fluminense, as secretarias de Estado do Meio Ambiente (comandada pelo ex-ministro Carlos Minc) e Municipal de Fazenda assinaram em dezembro um acordo de cooperação com a BVRio – uma associação civil sem fins lucrativos presidida por Pedro Moura Costa.
O executivo foi um dos fundadores da Ecosecurities, comprada em 2009 pelo J.P. Morgan. A empresa foi uma das principais firmas do mercado de carbono durante a década passada. Mais informações em bvrio.org