POR JOSÉ ALBERTO GONÇALVES PEREIRA
Um parâmetro útil para medir a pressão econômica sobre a natureza é a evolução da extração de biomassa, minérios e combustíveis fósseis. À frente desses cálculos está o Instituto de Ecologia Social da Universidade de Klagenfurt, na Áustria. Em agosto de 2011, um grupo de cientistas do instituto, liderado por Fridolin Krausmann, atualizou seus dados sobre o assunto, que agora cobrem o período de 1900 a 2009.
Infelizmente, os pesquisadores têm mais uma má notícia. A extração daqueles três recursos atingiu 68,1 bilhões de toneladas em 2009, um aumento de 61,4% sobre 1992. São quase 26 bilhões a mais que na medição de 2005, que apontava acréscimo de 41,2% na mesma comparação. O dado de 2005 é o utilizado no relatório que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) publicou em novembro com indicadores do progresso do desenvolvimento sustentável desde a Rio-92 (ver em bit.ly/vi91Nu).
Para o Pnuma, entretanto, a pesquisa dos austríacos também traz como boa notícia o fato de que o crescimento da extração de recursos per capita foi bem mais lento, de 29,9%, entre 1992 e 2009, quando somou 10 toneladas por habitante. Detalhes da pesquisa austríaca podem ser conferidos nos links bit.ly/xgYOaf (dados até 2009) e bit.ly/ zdqEc0 (artigo original de 2005).