Em março, diversas organizações da sociedade civil lançaram um manifesto intitulado “Retrocessos do governo Dilma na agenda socioambiental”. Segundo estudos das próprias entidades, trata-se do pior resultado ambiental da história do Brasil desde o fim da ditadura militar.
Com 39 instituições signatárias, como Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto Vitae Civilis, Greenpeace Brasil, o documento circula na web em forma de petição pública e soma mais de mil adeptos.
Para o conselheiro do IDS João Paulo Capobianco, o que motivou o manifesto foi a necessidade de compartilhar a preocupante avaliação do atual momento na agenda socioambiental. “Consultamos um conjunto expressivo de organizações para identificar se essa percepção [de retrocesso] do IDS era compartilhada pelas demais. Recebemos cerca de 15 documentos com análises dessas organizações comprovando que não estávamos sozinhos.”
A preocupação de Capobianco é a mesma de Bazileu Margarido Neto, integrante do IDS, que defende que o documento criado se constitua em uma agenda sob permanente avaliação. “Não se trata de um episódio com começo e fim. A carta deve ser uma forma de avaliar como e o que estamos fazendo da política ambiental no Brasil.”
Após consolidadas as assinaturas e as adesões da sociedade civil, o documento será encaminhado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e para a Secretaria-Geral da Presidência da República. “Esperamos que a presidenta dialogue mais”, dizi Margarido Neto. Confira na versão digital desta nota a lista dos signatários. Para participar da petição, acesse o link.