Logo depois da Rio+20, o 2º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear (Urânio em Movi[e]mento) convida para a Cinemateca do MAM, Rio de Janeiro. Foram selecionados mais de 40 filmes de todos os continentes que falam sobre os diversos assuntos do mundo nuclear, de Einstein até Fukushima. Os filmes selecionados de varios paises começam com as primeiras bombas atômicas e finalizam com o acidente de Fukushima, mostrando a reações nas ruas do Japão e também no Brasil. Uma novidade vai ser uma sessão de filmes de animação e o primeiro Oscar Amarelo para o melhor filme nuclear de animação.
“Quem acha que o tema nuclear só se reduz à usina nuclear está enganado, esta é uma temática muito complexa e afeta todo o mundo”, fala a Diretora Executiva do Festival Marcia Gomes. A temática nuclear começa com a prospecção e mineração de urânio, passa pelo enriquecimento do urânio e chega até às bombas atômicas, bombas modernas de urânio empobrecido e ao acidente radioativo de Goiânia que celebramos este ano 25 anos.
A questão nuclear é uma questão fundamental do Século XXI. O Festival trata este assunto com cineastas brasileiros e estrangeiros famosos e ainda não famosos. Serão exibidas várias premières mundiais, como o filme “Era uma vez na cidade atômica”, do Diretor Riccardo Migliore. Uma história ainda não contada sobre os rumores da existência de urânio em Pocinhos, uma pequena cidade da Paraíba. Riccardo conecta estes rumores com o alto índice de câncer de seus moradores.
Desde a 1º edição, em 2011, o Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear, conhecido internacionalmente como Uranium Film Festival, se desenvolveu como a maior mostra de filmes nucleares e de filmmakers nucleares do mundo. O festival premia o melhor longa e melhor curta metragem, além do melhor filme de animação nuclear, com o “Yellow Oscar”.
O “Yellow Oscar” 2012 é um modelo do último bonde do Rio de Janeiro, uma homenagem ao bonde do bairro artístico de Santa Teresa, feito pelo Artista Getúlio Damado. Desde um grave acidente em 2011, o bonde está fora de serviço. A população local de Santa Teresa luta para que o seu bonde antigo volte o mais breve possível. No entanto, o “Yellow Oscar” é um pouco diferente do bonde real. A peça do Artista Getúlio é um bonde movido energia solar, que ainda é um sonho do futuro.