Chegou ao Brasil uma certificação para produtos que tiveram a energia solar presente em sua cadeia de fabricação. Lançado em abril pelo Instituto Ideal e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Selo Solar já está disponível para as empresas interessadas.
O objetivo é dar visibilidade a produtos que usam fontes de energia fotovoltaica e impulsionar o setor. O Brasil é um dos países com maior incidência de irradiação solar do mundo, mas tem apenas uma usina em operação. “Existe um potencial latente no setor de energia solar, como existia no de eólica há cinco anos. Hoje, a energia vinda dos ventos já é uma realidade e está com valores acessíveis. Apostamos que a solar está no mesmo caminho”, afirma Alexandre Nunes Zucarato, gerente de inteligência da CCEE. Ele lembra que existem projetos, como o da construção de estádios com energia solar para a Copa de 2014, que podem receber o selo.
Segundo Zucarato, a certificação também impulsionará o setor, porque é fonte de recursos. “Hoje, a solar é mais cara que as outras fontes de energia, mas, se alguém está disposto a pagar esse valor, é bom recompensá-lo. E esse dinheiro acaba voltando como investimento para que o setor se desenvolva ainda mais, até que os preços da energia solar fiquem mais baixos”, diz. É um ciclo virtuoso que trará a energia solar a um custo mais acessível.