Em tempos de julgamento do “mensalão” e de CPI sobre esquemas de corrupção envolvendo parlamentares, lideranças políticas e contraventores, reunimos neste post algumas matérias publicadas pela revista Página 22, do GVces, sobre o tema da corrupção no Brasil e seus efeitos sobre a sustentabilidade.
#60 (fevereiro/2012) – Em falta, a alma da democracia, por Bruna Borges
Com mais uma eleição este ano, surge um fio de esperança de mudança e renovação do jogo político brasileiro. Mas, para Fernando Henrique Cardoso, a política brasileira, em sentido metafórico, morreu. Ao mesmo tempo, o que temos é a arquitetura da democracia, mas não sua alma. Segundo o ex-presidente, em entrevista concedida a Página22 em novembro passado, os partidos não representam seus eleitores e a população não é consultada efetivamente sobre as decisões tomadas em Brasília. E o que é mais grave: “A corrupção virou condição para a governabilidade”, diz.
#59 (dezembro/2011) – Antes… e depois?, por Bruna Borges
Mesmo sem acompanhar os trabalhos do Congresso, não há como negar que algo não vai bem na política brasileira. Os escândalos de corrupção são inúmeros. Há um descolamento entre o que se decide em Brasília e o que realmente precisa ser feito para o País inteiro. E é crescente o sentimento, de parte dos cidadãos, de que os políticos não os representam. Grupos insatisfeitos mobilizam-se para transformar a política em algo mais alinhado com os desejos e as necessidades da sociedade. O que sairá disso ainda é uma grande incógnita.
#42 (junho/2010) – Morte e vida da política, por Amália Safatle
Renato Janine Ribeiro especula que a política estaria chegando a um fim. Vinda de um professor de Filosofia Política, é uma ideia perturbadora, que ele escolhe para abrir esta conversa. “Se isso estiver acontecendo, qual o problema?”, provoca. Para Janine, novos espaços, como o cultural, o da informação e tantos outros, fariam as vezes da política, ao cumprir seu objetivo maior, que é o de promover a liberdade e a discussão de valores fundamentais.
#41 (maio/2010) – O fator PMDB, por Maristela Bernardo
Nenhuma novidade partidária escapará dessa máquina, se chegar ao poder. A menos que tenha como propósito central a modernização do Estado e a reforma política.
#21 (junho/2008) – Vitrine ou vidraça?, por Amália Safatle & Carolina Derivi
Ao sediar os jogos em 2014, o Brasil tem menos de seis anos para mostrar ao mundo reformas nos campos social, político, ambiental e de infra-estrutura. Os treinos mal começaram.