A partir de setembro, está aberta a nova unidade do Sesc Sorocaba, no estado de São Paulo. A instalação foi construída com um investimento de R$ 90 milhões e o resultado foi, além da usual programação cultural e de esportes, o primeiro prédio do Sesc com a certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design). Por seguir padrões de construção sustentável, recebeu o selo de prata.
Desde a década de 1980, os projetos de arquitetura do Sesc dão atenção à redução dos impactos ambientais e à acessibilidade. A unidade de Itaquera, por exemplo, foi aberta em 1992 e já contava com um sistema para reduzir o consumo de água. Ao longo dos anos, a política de sustentabilidade ganhou força, e outras unidades foram adaptadas. A de Sorocaba, no entanto, é a primeira que consolida as boas práticas em forma de certificação,
Para aproveitar a luz natural, a instalação conta com amplas janelas. Refletores espalhados estrategicamente pelo espaço potencializam a iluminação das poucas lâmpadas acesas. Todo o vidro usado absorve menos calor do sol que os vidros comuns, deixando o ambiente mais fresco sem precisar de ar condicionado.
Um dos destaques é o sistema de reaproveitamento da água da chuva. Depois da captação no telhado, plantas e peixes acomodados em tanques colaboram com a filtragem da água que segue para regar as plantas e abastecer vasos sanitários. Com isso, a economia estimada de água será de 46%. As fontes de energia também são variadas. De 60% até 70% do aquecimento de chuveiros e piscinas provêm, por exemplo, de placas solares.
O projeto também se dedicou ao ambiente local. Durante os quatro anos de obras, houve monitoramento para reduzir a sujeira e os ruídos causados pelo bate-estaca. Para valorizar o acesso ao transporte não motorizado, o Sesc criou um para-ciclos para 80 bicicletas e negociou com a prefeitura a criação de pontos de ônibus próximos.
Segundo Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc, a tendência é que todas as unidades espalhadas pelo Brasil busquem adaptações para diminuir sua pegada ecológica. “Trabalhamos forte com educação e isso está presente também em sua estrutura física. De nada adianta pregarmos a sustentabilidade se nós não fazemos isso na prática”, diz.
De qualquer canto do País é possível conhecer o funcionamento em detalhes da nova unidade do Sesc no site. Um tour virtual pelas instalações explica por que ele ganhou o selo de prédio verde.
Leia mais: Entrevista de Danilo Santos de Miranda a Página22 sobre mídia, publicidade e educação.
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A partir de setembro, está aberta a nova unidade do Sesc Sorocaba, no estado de São Paulo. A instalação foi construída com um investimento de R$ 90 milhões e o resultado foi, além da usual programação cultural e de esportes, o primeiro prédio do Sesc com a certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design). Por seguir padrões de construção sustentável, recebeu o selo de prata.
Desde a década de 1980, os projetos de arquitetura do Sesc dão atenção à redução dos impactos ambientais e à acessibilidade. A unidade de Itaquera, por exemplo, foi aberta em 1992 e já contava com um sistema para reduzir o consumo de água. Ao longo dos anos, a política de sustentabilidade ganhou força, e outras unidades foram adaptadas. A de Sorocaba, no entanto, é a primeira que consolida as boas práticas em forma de certificação,
Para aproveitar a luz natural, a instalação conta com amplas janelas. Refletores espalhados estrategicamente pelo espaço potencializam a iluminação das poucas lâmpadas acesas. Todo o vidro usado absorve menos calor do sol que os vidros comuns, deixando o ambiente mais fresco sem precisar de ar condicionado.
Um dos destaques é o sistema de reaproveitamento da água da chuva. Depois da captação no telhado, plantas e peixes acomodados em tanques colaboram com a filtragem da água que segue para regar as plantas e abastecer vasos sanitários. Com isso, a economia estimada de água será de 46%. As fontes de energia também são variadas. De 60% até 70% do aquecimento de chuveiros e piscinas provêm, por exemplo, de placas solares.
O projeto também se dedicou ao ambiente local. Durante os quatro anos de obras, houve monitoramento para reduzir a sujeira e os ruídos causados pelo bate-estaca. Para valorizar o acesso ao transporte não motorizado, o Sesc criou um para-ciclos para 80 bicicletas e negociou com a prefeitura a criação de pontos de ônibus próximos.
Segundo Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc, a tendência é que todas as unidades espalhadas pelo Brasil busquem adaptações para diminuir sua pegada ecológica. “Trabalhamos forte com educação e isso está presente também em sua estrutura física. De nada adianta pregarmos a sustentabilidade se nós não fazemos isso na prática”, diz.
De qualquer canto do País é possível conhecer o funcionamento em detalhes da nova unidade do Sesc no site. Um tour virtual pelas instalações explica por que ele ganhou o selo de prédio verde.
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