A violência na região sul e sudeste do Pará traz as marcas do espírito que sempre marco a colonização deste espaço, pivô de conflitos agrários, assassinatos de lideranças rurais e número 1 em índices de desmatamento e trabalho escravo.
A novidade da violência atual é que as mulheres estão cada vez mais na linha de tiro, alvo de ameaças. Algumas convivem com essa marca há mais de uma década. Outras começaram a sentir mais recentemente o peso da sina de estarem marcadas para morrer.
Em comum, essas mulheres carregam a consciência da luta que travam; sentem medo, modificaram hábitos, convivem com a incerteza cotidiana.
Nos assentamentos, acampamentos, periferias de municípios, nas entidades sindicais, uma dezena de mulheres seguem sua vida, à espera do assassino, cumprindo pena forçada. É a história delas que a Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo, em parceria com o jornal Diário do Pará, traz para o público.
Ricardo Barretto, Comunicação/GVces