Em um esforço para desvendar mais detalhes sobre a carreira de quem trabalha com temas ligados à sustentabilidade, a Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps) fez uma pesquisa sobre a remuneração e benefícios que esses trabalhadores recebem.
As 23 empresas foram selecionadas por terem áreas como “Responsabilidade Social e Meio Ambiente”, “Sustentabilidade Corporativa ou “Gestão Corporativa”. Juntas, essas empresas empregam 397 mil pessoas de diretores a estagiários e, dentro desse universo, 187 funcionários dedicam mais de 70% do seu tempo para atividades relacionadas a sustentabilidade.
Uma das conclusões é que a variação salarial entre os funcionários não se dá de acordo com áreas, mas sim por níveis de cargos. E não há distinção entre remuneração para quem é do ramo de sustentabilidade. Ou seja, o gerente da área de sustentabilidade ganha o equivalente aos outros gerentes.
Um dado interessante é que a pesquisa enquadrou as empresas de acordo com seus estágios de desenvolvimento em relação às ações de sustentabilidade. Mais da metade delas (52%) foi considerada “madura” pois tem ações e projetos alinhados com as estratégias corporativas e de longo prazo (superior a cinco anos). Trinte e um por cento das corporações estão em “estágio de desenvolvimento” e 17% já atingiram a marca de “líderes”, pois sua cultura de sustentabilidade é considerada intrínseca em todos os níveis. São também estas as empresas detentoras e fornecedoras de metodologias e ações inovadoras. (leia mais sobre a carreira do profissional da sustentabilidade na reportagem “Quem opera o novo sistema”, da edição 69).