Os impactos do consumo de sushi no mundo, da pesca do atum e do aumento do consumo de pescado nos países europeus e asiáticos, com reflexos predatórios na costa de países da África, são alguns dos temas presentes na 2ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental – Itinerância, que a ONG Ecofalante e o Sesc realizam este mês de outubro em 17 cidades paulistas. Alguns destaques:
A produção grega Roubando dos Pobres (imagem ao lado), de 2011, aborda como a demanda crescente de peixe no mercado internacional impulsiona frotas de pesca europeias e asiáticas para as costas da África Ocidental. Centenas de navios piratas industriais pescam ilegalmente em águas territoriais dos países da região, causando devastação e pobreza. Em Pescando Sem Redes, filme queniano de 2011, piratas na Somália contam a história através de sua própria perspectiva.
Sushi: A Caçada Global, produção americana de 2011, aborda como o sushi se tornou item de uma culinária global. O que começou como um alimento simples, mas elegante, comercializado por vendedores de rua em Tóquio, tornou-se um fenômeno mundial nos últimos 30 anos. Filmado em cinco países, explora a tradição, o crescimento e o futuro dessa culinária popular. Belos pedaços de peixe cru e arroz aparecem agora de Varsóvia e Nova York a jogos de futebol em cidades do Texas. Esse crescimento pode continuar sem consequências?
A história do ativista Paul Watson, um dos fundadores do Greenpeace e uma das figuras mais controversas do ambientalismo, é abordada no filme canadense Eco-pirata: A História de Paul Watson. A produção de 2011 segue Watson em ação, desde os primórdios do Greenpeace até o naufrágio de um navio baleeiro pirata em Portugal – já na Sea Shepherd, que ele fundou em 1977 –, de confrontos com pescadores em Galápagos às recentes batalhas com as frotas baleeiras japonesas na Antártida.
Criada em 2012, a Mostra oferece oportunidade de conferir filmes que reúnem qualidade cinematográfica e análise de questões ambientais. Confira a programação completa aqui.