Devemos ao mar parte de nossa herança linguística. Há palavras com origem latina e greco-romana que eram usadas por navegadores europeus e foram incorporadas às conversas também em terra. Confira o significado original de algumas:
ABORDAGEM: tática de ataque naval em que se para na borda de outra embarcação
ALARGAR: quando o vento começa a ser mais favorável
ALIJAR: largar objetos do navio no mar a fim de aliviar o excesso de carga
APRUMAR: endireitar o ângulo do casco
BALANÇO: movimento oscilatório de um navio
BALIZA: boias e marcas que servem de referência à navegação
CABRESTO: vem de “cabrestante”, um mecanismo de amarração utilizado nas antigas naus e navios
CHICOTE: extremidade de um cabo
DERIVAR: sair do rumo de navegação
DERROTA: caminho seguido em uma viagem por mar
ENVERGAR: enrolar ou atar os envergues (cabos que prendem a vela) às vergas (paus apoiados ao mastro), para servirem na manobra
GINGA: remo usado na popa de uma embarcação ligeira para fazê-la avançar
MALAGUETA: peça do navio feita de madeira avermelhada e muito dura
MARCAÇÃO: ângulo medido entre a direção de um objeto e o rumo do barco
MAREAR: ajustar uma vela para ficar na direção do vento
NÁUSEA: (do grego “naus”): homem que, quando embarcado na nau, fica nauseado
PLANAR: quando o barco desliza na crista da onda
SANFONA: fenômeno de bater (sanfonar) fortemente as velas, que ocorre em certas condições atmosféricas, e, se não contido a tempo, pode machucar a tripulação no convés
SOCAR: apertar com força um nó ou uma volta de cabo
VIGIA: janela redonda utilizada nas embarcações para visualizar seus compartimentos ou o exterior
FONTE: ARIEL SCHEFFER, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO MARBRASIL E DIRETOR DE ENSINO SUPERIOR E PÓS-GRADUAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARANÁ
Leia mais nesta edição:
Como o homem deu as costas pro mar, em “A Devastação Azul“
Edmo Campos explica o papel dos oceanos para a regulação climática, em “Unindo o Norte ao Sul“
Conservar os oceanos e explorar seus recursos ao memso tempo custa caro, em “Oceanos S.A.“
Questão da governança das águas internacionais dificulta políticas de preservação, em “De Todos, Mas de Ninguém“